EURGBP: Melhoria de sentimento em relação a Brexit coloca par em nível-chave de suporte em semana de PMI na ZE
Não obstante a suspensão parlamentar de Agosto para efeitos de férias, o líder da oposição, Jeremy Corbyn, tem manifestado claramente a sua total oposição a um no-deal Brexit, afirmando também que, caso vença umas eventuais eleições antecipadas, realizará um segundo referendo, com opções credíveis para ambos os lados. Paralelamente, o próprio Partido Conservador parece estar em discreta preparação para um cenário de eleições antecipadas, para a qual pretende usar um aumento de gastos públicos como instrumento eleitoral.
A realidade supra permitiu a aparente diminuição da probabilidade atribuída a um cenário de no-deal Brexit, beneficiando a libra esterlina face a várias divisas principais e, em particular, face ao euro, que sofre agora uma renovada vaga de enfraquecimento em virtude da actual crise política em Itália.
Referência técnica: Esta quinta-feira, serão divulgados os indicadores preliminares de actividade económica PMI, relativos à manufactura e serviços em Agosto, nas duas maiores economias da Zona Euro e para o agregado do bloco. Se a deterioração se mantiver, é possível que o euro permaneça pressionado face à libra, com as quedas a serem exacerbadas pela potencial quebra do suporte-chave em torno dos 0,91, que poderia activar uma figura de inversão head & shoulders top, com uma morfologia relativamente irregular.
S&P 500: Contexto geopolítico influencia negativamente o índice norte-americano
A disputa sem fim entre Estados Unidos e China tem marcado o panorama internacional ao longo dos últimos meses. Na passada semana registou-se um ligeiro alívio nos mercados, após o anúncio de Trump quanto ao adiamento das novas taxas alfandegárias sobre produtos importados da China de Setembro para Dezembro deste ano. No entanto, não se antecipa uma resolução do conflito a curto prazo, o que deverá levar a uma retoma da tendência descendente nos activos de risco.
Não menos impactantes têm sido os desenvolvimentos geopolíticos em Hong Kong. As manifestações populares pró-democracia têm-se intensificado e os investidores aparentam começar a temer os efeitos potencialmente disruptivos de uma eventual intervenção militar da China continental.
Referência técnica: Do ponto de vista técnico, oberva-se a formação de um triângulo simétrico. Perante uma possível rejeição do nível de resistência a ser testado, é expectável que o preço caia até ao nível dos 2.878 pontos, que coincide com o nível 50% da retração de Fibonacci. Caso este seja perfurado, poderá haver margem para um teste ao limiar inferior do triângulo.
Crude WTI: Petróleo poderá ser penalizado pela queda rápida do consumo global
O consumo global de petróleo está a baixar ao ritmo mais rápido em quase 5 anos, à medida que a actividade manufactureira e os fluxos comerciais abrandam e a produção de veículos diminui.
À semelhança de 2014, o consumo está a diminuir e a oferta proveniente de petróleo de xisto norte-americano está a crescer. A Arábia Saudita não parece estar muita disposta a suportar os preços do petróleo. A Rússia, aliada da Arábia Saudita e do restante cartel da OPEP, aumentou até a produção de petróleo em Julho, ultrapassando a quota diária prometida de 11,19 milhões de barris em 180.000 barris.
Referência técnica: O crude voltou ao topo do canal de negociação descendente. A proximidade à linha de tendência descendente e à média móvel de 200 dias possibilitam a abertura de posições curtas com um risco relativamente conservador. Neste cenário fundamental e técnico, preferimos um posicionamento baixista.