EURUSD: Par aproxima-se de nível-chave em semana com decisão de política monetária nos EUA e cimeira europeia
Na quarta-feira, será divulgada a decisão do FOMC – comité da Reserva Federal responsável pela definição de política monetária – em relação à taxa de juro. Não sendo esperada qualquer alteração neste instrumento nem à reiterada postura paciente do comité, os investidores estarão particularmente atentos a novas indicações em relação à redução do balanço (quantitative tightening) e a uma eventual revisão do dot plot, que actualmente aponta para duas subidas em 2019 e uma em 2020, enquanto o mercado já não prevê nenhuma em ambos os anos. Contudo, a robustez do crescimento salarial poderá justificar uma visão optimista em relação à inflação core e a avaliação geral da economia deverá permanecer cautelosamente optimista.
Embora não fosse essa a ordem de trabalhos inicial, a cimeira europeia deverá acabar por ser quase monopolizada pelo Brexit, com comentários de mercado a sugerir que a UE irá permitir um curto atraso da saída da Reino Unido, de forma a que possa ser realizado um terceiro meaningful vote (MV3) em breve e evitar a participação britânica nas eleições europeias. No entanto, o Speaker da Casa dos Comuns, John Bercow, já estabeleceu que um MV3 requer um acordo substancialmente diferente, algo que May não deverá conseguir obter esta quinta-feira. A incerteza prevalece e pode igualmente prejudicar a Europa.
Referência técnica: Depois de ter atingido mínimos de mais de um ano e meio, o par recuperou consideravelmente, aproximando-se agora de um nível psicológico relevante onde poderão confluir três resistências significativas (tendência descendente, média móvel exponencial de 100 dias e nível técnico horizontal): 1,1400. Perante um discurso mais optimista, não obstante dovish, de Powell, não acreditamos que o par ultrapasse consistentemente este valor.
AUDNZD: Economia australiana está pressionada, enquanto a Nova Zelândia vive momento positivo
O Reserve Bank of Australia decidiu ontem manter as taxas de juro inalteradas. Os banqueiros revelam preocupações económicas, nomeadamente com a queda dos preços do imobiliário, a incerteza do consumo e a desaceleração do investimento. O aumento do desemprego, sobretudo na zona oeste do país onde se situam a maioria das minas, preocupa o banco central. Nessa região, o desemprego subiu para 6,5% face aos 5% de taxa nacional de desemprego. Desta forma, o banco central da Austrália prefere uma postura neutra.
A Nova Zelândia, por seu turno, vive um momento de maior força económica. O aumento do consumo privado e do investimento são os motivos por detrás do avanço esperado no PIB trimestral, que será publicado na quarta-feira às 21h45. Espera-se um crescimento trimestral de 0,6%, acima dos anteriores 0,3%. Esta tarde, foram divulgados os resultados do leilão de lacticínios da Fonterra, que revelou uma subida de 1,9% no índice de preços. A Fonterra é a cooperativa que representa a indústria de lacticínios, que vale 7% do PIB da Nova Zelândia.
Referência técnica: A recente correcção até ao limiar superior do canal de negociação descendente permite-nos encarar este par com um stop loss relativamente apertado. Em termos de gestão de risco, consideramos os 1,0410 e, como zona-alvo, os 1,0255.
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