"Melt up" é a expressão que tem vindo a ser bastante focada nos últimos meses nos EUA que descreve uma subida forte e rápida no seguimento de um bull-market longo, quando há uma enxurrada de investidores a quererem entrar e aproveitar ainda este movimento, sem atenção aos fundamentais.
O problema é que depois de um "melt up", há sérias possibilidades de surgir um meltdown. Ou seja, depende tudo, como sempre, do momento de entrada e de saída. Quem quiser ganhar com um esticão do "melt up" tem de estar preparado para um risco acrescido.
A questão é que, hoje em dia, o risco já não parece assustar como dantes devido àcomplacência dos investidores porque os volumes mantêm-se num nível estável e a volatilidade anda perto dos mínimos históricos. Ironicamente, enquanto os influxos para ETFs continuam fortes, o volume de negócios dos ETFs está em declínio, sinalizando que os investidores estão mesmo cada vez mais complacentes. Segundo o "The Wall Street Journal", na semana passada a negociação diária de ETFs foi em média $66 mil mn em Setembro que é o valor mais baixo em três anos.
Outro factor é que há cada vez mais fundos e outros instrumentos geridos de forma algorítmica, logo, há uma menor sensibilidade dos mercados aos eventos políticos, às declarações de Trump ou de outros responsáveis. O que conta sobretudo são os dados macroeconómicos, os padrões e a análise técnica nos activos que ainda não deram ainda um sinal relevante de quebra de momento.