Europa: dia marcado por um aumento da aversão ao risco, traduzindo novas quedas nos indicadores de sentimento na área do euro e notícias sobre tarifas adicionais sobre as importações de produtos nos EUA, desta vez visando directamente a China.
Fonte oficial da Casa Branca referiu ontem que o Presidente Donald Trump irá solicitar ao representante para o comércio internacional, Robert Lighthizer, a implementação de tarifas de 25% em cerca de 50 a 60 mil milhões de dólares de importações vindas da China, na sequência da investigação em torno da acusação em como a China estaria a roubar propriedade inteletual às empresas dos EUA, nos setores da tecnologia, aerospacial e maquinaria. Nos próximos 15 dias serão conhecidos os produtos sobre os quais irão incidir as tarifas. O Secretário do Tesouro Steven Mnuchin irá também propor novas restrições ao investimento por parte de empresas chinesas num prazo de 60 dias, com o objetivo de salvaguardar tecnologias que os EUA consideram ser estratégicas. Será também apresentado uma queixa na Organização Mundial do Comércio (o que poderá eventualmente ser interpretado como querendo ainda dar uma oportunidade a ser encontrada uma solução através de negociações).
Entretanto, também ontem, Donald Trump assinou a exclusão da União Europeia, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, México e Coreia do Sul das tarifas implementadas sobre as importações de aço e alumínio até 1 de maio, de acordo com um comunicado da Casa Branca.
Mercado de dívida de governos na Zona Euro: sessão de queda significativa nas yields a 10 anos na região, beneficiando do dia de risk-off observado nos mercados de ações. Portugal realizou underperformance. A yield a 10 anos do Tesouro português baixou apenas 0,8 pontos de base para 1,729%. Traduzindo o ambiente de maior aversão ao risco, a yield a 10 anos do Tesouro da Alemanha baixou 6,3 pontos de base para 0,524%.
Em Espanha, o primeiro-ministro referiu ontem que o défice público atingiu 3,07% do PIB em 2017, permitindo assim respeitar a meta estabelecida pela Comissão Europeia de um valor não superior a 3,1% do PIB. Contudo, a confirmar-se este valor, não será suficiente para retirar o país do procedimento de défice excessivo.
O Banco de Inglaterra manteve inalterado a sua taxa de juro de referência em 0,5%, em linha com as expectativas do consenso. 2 dos 9 membros do Comité de Política Monetária votaram a favor de uma subida de taxas.
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