GBPUSD: Banco de Inglaterra, alívio do dólar norte-americano e momento técnico podem conferir espaço para subidas
O Banco de Inglaterra (BoE) deverá, esta quinta-feira, elevar a taxa de juro de referência em 25 pontos base (p.b.) para 0,75%, concretizando assim a segunda subida desde o mínimo histórico (0,25%), que terminou em Novembro de 2017, quando o BoE aumentou a taxa de juro, pela primeira vez numa década. Uma vez que o mercado desconta amplamente este incremento na taxa de juro (probabilidade supera actualmente os 90%) e não antecipamos alterações materiais no programa de compra de activos vigente, as principais surpresas poderão surgir aquando da divulgação das perspectivas do banco central para a inflação e a economia britânica em geral.
Ainda que a inflação tenha abrandado nos últimos meses, em boa parte devido à recuperação da libra, e que a enorme incerteza em torno do Brexit prevaleça, o Banco de Inglaterra deverá procurar alicerce para mais pressões salariais e, consequentemente, inflacionistas no argumento de a taxa de desemprego estar em mínimos de mais de três décadas, 4,2% – uma valor que traduz uma economia perto de uma situação de pleno emprego.
Referência técnica: Embora o aumento de taxa de juro esteja predominantemente descontado, a consolidação do USD (USD Index perto de suportes relevantes) e um discurso mais optimista, ainda que cauteloso, por parte de Mark Carney poderão providenciar o estímulo altista necessário para testar a resistência o limiar superior do canal descendente. Caso esse nível seja superado, a próxima resistência significativa situa-se em torno dos 1,3320.
USDJPY: Investidores especulavam eventuais alterações, mas BoJ mantém política monetária fortemente expansionista
Com os restantes bancos centrais das principais economias mundiais a terminar os estímulos monetários não-convencionais, ou mesmo já em ciclo contraccionista, os investidores interpretaram o facto de a yield das obrigações soberanas japonesas a 10 anos ter atingido os 0,123% como um sinal de que o Banco do Japão (BoJ) poderia atenuar a sua política monetária absolutamente expansionista.
Contudo, na divulgação de hoje, Haruhiko Kuroda, governador do BoJ, afirmou o compromisso com a actual política monetária, que comtempla, entre vários estímulos francamente expansionistas, a manutenção da yield soberana a 10 anos em torno dos 0,0%. De facto, apesar da especulação dos investidores, os indicadores macroeconómicos, predominantemente desapontantes, relativos à economia nipónica, não encorajavam uma alteração substancial de política monetária, pelo que acreditamos que a recente valorização do JPY deverá, mais cedo ou mais tarde, ser revertida.
Referência técnica: A crescente expectativa em relação a alterações na política monetária levou o USDJPY a retrair dos recentes máximos relativos. Porém, estas quedas foram impecavelmente travadas pelo suporte conferido pela linha de tendência ascendente, perante a qual o par reagiu em alta com uma vela reveladora de intensa pressão compradora, que, até agora, conduziu ao minucioso teste dos 50% da retracção de Fibonacci traçada no gráfico. Acreditamos que a superação deste nível e, logo a seguir dos 111,80, poderá abrir caminho a novas subidas.
Nasdaq 100: Resultados mistos levam o índice a testar suporte. Apple (NASDAQ:AAPL) poderá ser a chave para o próximo movimento
A época de resultados actualmente a decorrer tem-se revelado verdadeiramente heterogénea para as empresas tecnológicas. Apesar de estas terem, grosso modo, reportado crescimento de receitas e lucros, a superação de estimativas tem sido mais mista, ainda que com predominância de surpresas positivas. As perspectivas futuras apresentadas (guidance) têm sido menos encorajadoras em algumas das principais empresas do sector.
Este terceiro factor é particularmente importante para os investidores e uma divulgação de perspectivas menos optimistas tem um impacto significativo na performance das acções, conforme foi evidenciado pelo Facebook. A maior rede social do mundo assistiu à eliminação de cerca de 20% da sua capitalização bolsita em apenas três dias, após ter reportado um abrandamento no crescimento das receitas, afirmando que o mesmo deverá perdurar até ao fim de 2018. A empresa referiu ainda que parte da desaceleração de receitas e o estimado incremento de custos têm génese nas necessidades de acomodar a crescente regulamentação mundial que incide directamente sobre o modelo de negócio das empresas alicerçadas na internet.
Referência técnica: Hoje, após o fecho de mercado, a Apple, empresa mais preponderante do Nasdaq 100 e verdadeiro barómetro do sector tecnológico, apresenta resultados, com o respectivo índice encostado ao suporte conferido pelo limiar inferior do canal ascendente. Após ter respeitado este nível, os resultados da Apple serão decisivos para uma reacção em alta (pelo menos, até à zona de resistência a verde) ou para a sua quebra.
Crude WTI: Tensões com o Irão poderão impulsionar o ouro negro
Os inventários semanais de crude aproximam-se do limiar inferior do intervalo de cindo anos, impulsionando o preço e diminuindo as reservas das empresas. Esta situação aliada às novas declarações inflamadas entre o Irão e os EUA têm tornado o mercado do petróleo bastante volátil.
A possibilidade de uma guerra aberta entre o Irão e os EUA é reflectida no mercado como uma hipóteses quase nula, no entanto estas tensões poderão trazer complicações no que toca à circulação do petróleo dos países produtores até aos países consumidores. Esta situação poderá ocorrer uma vez que o Irão controla o estreito de Hormuz, uma faixa de água por onde passa o crude da Arábia Saudita, Iraque, Kuwait, Catar e Irão, ou seja um terço de todo o petróleo que circula pelo mar.
Referência técnica: O crude encontra-se neste momento a negociar perto da base de um canal ascendente que se estende desde meados de 2017, ainda assim é provável que haja uma correcção até perto do suporte assinalado a vermelho ($67,23) que coincide com o limite inferior do canal ascendente e também com a média móvel de 100 dias. Após esta eventual correcção poderemos ver uma evolução positiva mais expressiva do crude.
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