A reunião de março do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA representou o destaque da última semana. O Comité aumentou o intervalo objetivo da FFR para 0,75-1%, em linha com o esperado. Os dots não apontaram para uma alteração no ritmo de subida da FFR, o que acabou por provocar uma reação significativa na curva soberana dos EUA, também explicada pelo posicionamento após o movimento observado nas semanas anteriores. Contudo, na ausência de uma correção nos ativos de risco e de uma maior retração na cotação do petróleo, o movimento poderá manter-se limitado.
Na Zona Euro, a inflação de fevereiro confirmou novamente que, após excluir alimentação e energia, as pressões inflacionistas permanecem modestas, o que poderá, para já, suportar a parte mais curta das curvas. No entanto, os próximos meses irão provavelmente continuar a mostrar um mercado que questiona cada vez mais o forward guidance e compromisso do Banco Central Europeu no que se refere às taxas de juro, a manter-se um enquadramento económico positivo.
Em Portugal, a S&P poderá pronunciar-se hoje sobre o rating BB+ (outlook estável) da república portuguesa. Ao longo da próxima semana, a atenção deverá estar na emissão de obrigações AT1 da Caixa Geral de Depósitos, parte importante do plano de recapitalização da instituição bancária detida pelo Estado português.
Para mais detalhes ver, por favor, o PDF em anexo.