O dia de hoje ficou marcado pelo final de mais uma reunião de política monetária do Banco Central Europeu. Foi reconhecido o bom momento da economia na região, mas também os poucos progressos em termos de inflação, pelo que continua a ser necessário o suporte de uma política monetária expansionista.
A reação dos mercados passou por um euro mais fraco, uma queda nas yields a 10 anos das obrigações do Tesouro, principalmente na periferia, e um comportamento misto dos índices de ações. O índice Europeu STOXX600 terminou o dia praticamente inalterado (-0,01%), sendo de destacar os ganhos de Recursos Naturais (+1,15%), Bancos (+1,06%) e Utilities (+1,02%).
Em Portugal, o índice PSI20 terminou a sessão com uma perda de 0,93%, refletindo descidas em Mota Engil (LS:MOTA), Altri (LS:ALSS), Jerónimo Martins (LS:JMT), Navigator, Galp Energia (LS:GALP), NOS e BCP (LS:BCP).
Sessão de queda para as yields a 10 anos das obrigações do Tesouro na área do euro, com destaque para a periferia: Itália (-12,8 pb), Espanha (-9,4pb) e Portugal (-4,8pb).
Na conferência de imprensa após o final da reunião do Banco Central Europeu, Mario Draghi referiu que o Banco considera que os riscos à economia da área do euro estão agora equilibrados. Referiu também que a inflação excluindo alimentação e energia tem ainda de mostrar sinais convincentes de uma tendência de subida e voltou a chamar a atenção para a fraca evolução dos salários, explicada por fatores estruturais e pela criação de empregos de baixa qualidade. Mario Draghi afirmou que não houve discussão relativamente ao futuro do programaQE, nem no que diz respeito à normalização da política monetária do Banco Central Europeu.