Ainda não se ultrapassaram os efeitos da pandemia e já existe outro problema grave a afetar os mercados, empresas e pessoas.
O impacto do conflito Rússia/Ucrânia vai ter repercussões em toda a cadeia económica, não só das empresas, mas também das pessoas, porque os aumentos de preços serão inevitáveis.
Há anos que os esforços de desinformação, ataques a infraestruturas e operações que envolvem o roubo de dados e a pesquisa por materiais sigilosos estão no centro de uma ofensiva online voltada para desestabilizar governos e organizações públicas e privadas.
Em Portugal, os casos mais conhecidos foram o grupo Impresa (LS:IMPA), logo no dia 2 de janeiro, a Vodafone (LON:VOD) e, no passado dia 23 de fevereiro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros foram alvo de ataques informáticos que paralisaram operações, deitaram a baixo os websites e apagaram dados.
Considere a que a forma como as empresas de tecnologia respondem aos esforços de desinformação da Rússiaem tempo real, pode moldar o papel que desempenham em futuros conflitos geopolíticos.
- O chefe de política de segurança da Meta, Nathaniel Gleicher, anunciou um Centro de Operações Especiais para responder a ameaças em tempo real e uma nova ferramenta para permitir que as pessoas na Ucrânia bloqueiem os seus perfis.
O Twitter apresentou ferramentas de segurança e incentivou os utilizadores a configurar a autenticação de dois fatores, já que a conta oficial do Twitter da Ucrânia instou a empresa a expulsar a conta oficial da Rússia da plataforma por espalhar desinformação.
O sector de tecnologia está a ser afetado, entre as empresas tecnológicas e startups.
(veja o vídeo com todos os detalhes)
A Ubisoft tem um dos seus maiores departamentos na capital da Ucrânia e está a monitorizar a situação, segundo escreve a FastCompany.
As agências de meios como a OMD, PHD, BBDO, WPP, Dentsu, Publicis, Havas e IPG têm escritórios em Moscovo e, segundo o The Drum, vão ter dificuldade operacional, devido às repercussões das sansões aplicadas.
Os EUA têm os maiores empresas mundiais da indústria de semicondutores – como Intel (NASDAQ:INTC), Qualcomm e Nvidia (NASDAQ:NVDA) – e empresas americanas criam softwares que rivais estrangeiros usam para projetar os seus próprios chips.
Toda a tecnologia moderna, incluindo carros, smartphones e mísseis, depende do fornecimento de semicondutores.
O abalo nos mercados financeiros já apresenta consequências.