LISBOA, 20 Ago (Reuters) - O Governo de Portugal aprovou três novas centrais solares, que visam ajudar o país no seu objectivo de antingir uma meta superior a 40 pct de incorporação de energias renováveis no consumo final até 2030, disse o governo em comunicado.
As centrais de Alforgemel, Casal do Paul e Encarnado, localizadas na freguesia de Almoster, representam um investimento total de 81 milhões de euros (ME), com uma capacidade instalada total de 145,5 megawatts.
Cada um destes parques solares vai ter 161,67 mil painéis fotovoltaicos, num total conjunto de 485 mil painéis, e a potência de cada central vai atingir os 48,5 megawatts.
"O governo já autorizou mais de 1,000 megawatts de energia solar sem que as famílias portuguesas tenham de pagar qualquer tipo de subsídio na factura de eletricidade, sem tarifas 'feed-in'", disse o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches.
Adiantou que "estas novas centrais inserem-se na mudança de paradigma de redução de custos no sistema elétrico nacional que o governo tem vindo a implementar".
Acrescentou que "centrais solares aprovadas no passado vão custar só este ano cerca de 134 ME às famílias, com os consumidores a pagarem mais de 300 euros por megawatt hora por esta energia, o valor mais elevado entre as diferentes fontes de eletricidade subsidiadas em Portugal".
De acordo com o governo, Portugal vai conseguir cumprir até 2020 a sua meta de 31 pct de incorporação de energias renováveis no consumo final de energia. A meta europeia para 2030 foi fixada nos 32 pct, mas o governo continua a "defender metas mais ambiciosas", disse em comunicado.
"Portugal tem como objetivo atingir uma meta superior a 40 pct de incorporação de energias renováveis no consumo final até 2030, mas sem que as novas centrais tenham de ser pagas pelos consumidores", concluiu.
(Por Catarina Demony; Editado por Patrícia Vicente Rua)