LONDRES, 24 Nov (Reuters) - Os preços do petróleo seguem pouco alterados esta quinta-feira, com a incerteza quanto ao plano de corte de produção de crude, pela OPEP, e uma menor liquidez devido ao feriado de Acção de Graças nos EUA, a impedirem os traders de fazerem novas apostas.
Os futuros do petróleo Brent LCOc1 sobem 0,1 pct para 49,04 dólares por barril. O petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) dos EUA avança 0,2 pct para 48,08 dólares por barril.
Traders referiram que a atividade do mercado é fraca devido ao feriado nos EUA e que há relutância em tomar grandes posições, devido à incerteza sobre o corte previsto da produção de crude, conduzido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
A OPEP deverá reunir-se a 30 de Novembro para coordenar este corte, possivelmente em conjunto com a Rússia, um produtor que não é membro da OPEP.
A Rússia poderá rever seus planos de produção de petróleo em 2017 se entrar em vigor um pacto de congelamento da produção global, reduzindo efetivamente a produção em 200.000 a 300.000 barris por dia, disse na quinta-feira o ministro da Energia, Alexander Novak.
A OPEP provavelmente proporá a outros produtores cortarem sua produção de petróleo em 880 mil barris por dia durante seis meses a partir de 1 de Janeiro de 2017, informou o ministro da Energia do Azerbaijão, Natig Aliyev, a um jornal local.
Mas uma fonte da OPEP disse à Reuters que a organização ainda deve fazer uma proposta final a países não-OPEP sobre cortes de produção conjunta, que serão discutidos no dia 28 de Novembro em Viena.
O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, disse ontem que um acordo da OPEP para cortar a produção e aumentar os preços do petróleo está "iminente" e enviou seu ministro do petróleo à Rússia para ajudar a convencer outros produtores.
A maioria dos analistas acredita que algum tipo de corte de produção será acordado, mas não é certo que seja suficiente para sustentar um mercado que tem sido dominado por uma sobreposição de oferta há mais de dois anos, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).
(Reportagem de Ahmad Ghaddar; Traduzido por Patrícia Vicente Rua; Editado em português por Daniel Alvarenga)