LISBOA, 10 Ago (Reuters) - Os bombeiros portugueses apagaram um enorme incêndio que devastou as colinas cobertas de florestas na região turística do sul do Algarve, disse a chefe da operação esta sexta-feira, mas os serviços de emergência vão permanecer na área para controlar possíveis pontos críticos.
O maior incêndio florestal da Europa deste ano obrigou quase 300 pessoas a deixar as suas casas, mas ninguém morreu, já que as autoridades esforçaram-se para manter as pessoas a salvo depois do ano passado, quando os piores incêndios registrados mataram 114 pessoas em Portugal.
O incêndio deste ano começou há uma semana durante uma onda de calor extrema. O verão europeu tem sido excepcionalmente quente, provocando incêndios florestais em locais bem distantes como a Suécia e a Grécia, onde um incêndio brutal matou pelo menos 88 pessoas.
"O fogo foi dominado", disse Patrícia Gaspar, que comanda a operação portuguesa. "Neste momento não há risco significativo de que o fogo se espalhe."
Os bombeiros maximizaram os seus esforços durante as temperaturas mais frias da noite e início da manhã, e Gaspar disse que os mesmos vão permanecer na área para controlar possíveis reacendimentos. Mais de 1.450 bombeiros, 460 carros de bombeiros e 15 aeronaves foram envolvidos no esforço.
Cerca de 40 pessoas foram tratadas devido inalação de fumo e queimaduras, muitas delas bombeiros.
Uma enorme nuvem de fumo pairava sobre a região desde o início, atingindo alguns dos populares resorts de praia costais.
O fogo ardeu nos 27.000 hectares da floresta de eucalipto principalmente nas colinas acima da costa do Algarve, segundo os dados da União Europeia. Um incêndio na mesma área em 2003 destruiu 41.000 hectares de floresta.
O governo de Portugal foi abalado no ano passado por incêndios em Junho e Outubro durante a seca extrema. O ministro do Interior renunciou e a oposição lançou uma moção de censura à qual o governo sobreviveu. integral em inglês: por Axel Bugge; Traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves)