LISBOA, 21 Jan (Reuters) - O défice da balança corrente de Portugal fixou-se em 1.057 milhões de euros (ME) nos primeiros onze meses de 2018, face a um valor positivo de 860 ME no período homólogo de 2017, segundo o Banco de Portugal.
Adiantou que, entre Janeiro e Novembro do ano passado, o saldo conjunto das balanças corrente e de capital fixou-se em 863 ME, montante inferior aos 2.513 milhões de euros registados em igual período de 2017.
Realçou que "até Novembro de 2018, o défice da balança de rendimento primário situou-se em 5.334 ME, superando o défice de 4.700 ME verificado em igual período de 2017", explicando que "este acréscimo resultou, sobretudo, do aumento dos dividendos pagos a entidades não residentes".
O banco central salientou que comparando com igual período de 2017, as balanças de bens e serviços tiveram evoluções distintas.
"O défice da balança de bens aumentou 2.459 ME. Em contraste, o excedente da balança de serviços cresceu 1.033 ME, essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 10.183 ME para 11.227 ME", frisou.
Até Novembro, as exportações de bens e serviços cresceram 5,6 pct -- 5,2 pct nos bens e 6,3 pct nos serviços. As importações aumentaram 7,8 pct -- 8,3 pct nos bens e 5,4 pct nos serviços.
"De Janeiro a Novembro de 2018, o saldo da balança financeira registou um aumento dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior de 1.293 ME", refeiu o BP.
Explicou que "para esta evolução contribuíram o sector financeiro, com o investimento em títulos de dívida emitidos por não residentes, e o Banco de Portugal, por via da redução de responsabilidades junto do Eurosistema".
"Por outro lado, o investimento de não residentes no capital de sociedades não financeiras residentes e em títulos de dívida pública representou, para ambos os sectores, uma diminuição dos ativos líquidos sobre o exterior", concluiu. (Por Gonçalo Almeida Editado por Patricia Vicente Rua)