FORT WAYNE, Ind. 14 Set (Reuters) - Os aumentos nas taxas de juros da Reserva Federal vão começar a pressionar o crescimento económico e o emprego nos EUA no próximo ano, disse um banqueiro central norte-americano esta sexta-feira, com o nível dos custos de crédito a tornar-se "suavemente restritivo" após mais de uma década a agir como um estimulante.
As observações do presidente do Banco da Reserva Federal de Chicago, Charles Evans, marcam uma reviravolta no pensamento de um formulador de políticas que tão recentemente quanto na primavera tinha argumentado que a Fed deveria parar de subir as taxas de modo a permitir que a inflação subisse para 2 pct.
Isto também acentuadamente contrastou com a opinião da sua colega - decisora de políticas da Fed Lael Brainard - que, na quinta-feira, sugeriu que as taxas tinham espaço para subir antes que começassem a impedir o crescimento.
Na visão de Brainard, o Fed pode continuar a aumentar as taxas e, ainda assim, fornecer um incentivo para a economia. Na opinião de Evans, em breve chegará o momento de parar de impulsionar a economia.
"A economia dos EUA está a funcionar a todo o vapor, com forte crescimento, baixo desemprego e inflação a aproximar-se da nossa meta simétrica de 2 pct de forma sustentável", disse Evans em comentários preparados para o Fórum Económico Regional do Nordeste de Indiana.
A economia vai provavelmente crescer 3 pct este ano antes de abrandar no ano que vem, disse ele, pressionando o desemprego de 3,9 pct para 3,5 pt em 2020, bem abaixo dos 4,5 pct que Evans acredita serem sustentáveis a longo prazo. Enquanto isto, a inflação vai provavelmente subir um pouco acima de 2 pct, embora não o suficiente para causar preocupação. Texto integral em inglês: por Ann Saphir; Traduzido por Nadiia Karpina, Gdynia Newsroom; Editado em português por Sérgio Gonçalves em Lisboa)