LISBOA, 13 Set (Reuters) - O índice accionista português PSI20 .PSI20 cai 0,6 pct e contraria os ganhos das pares europeias, com os comentários 'dovish' da membro da Reserva Federal (Fed), Lael Brainard, a esfriarem as expectativas de uma subida de taxas nos EUA, pondo fim a três dias de quedas consecutivas, segundo traders.
** O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, tem de ser cauteloso para não remover os seus estímulos monetários muito rapidamente por causa da potencial fraqueza no mercado de trabalho e dos riscos de desaceleração económica do exterior, disse ontem a diretora do Fed, Lael Brainard.
Referiu que o mercado de trabalho pode estar mais longe da força total do que alguns economistas acreditam, o que pode fazer com que apertar a política monetária antecipadamente seja menos atraente.
** Na Europa, os índices pan-europeus FTSEurofirst 300 .FTEU3 e Stoxx 600 .STOXX sobem 0,2 pct.
** Em sentido contrário, a Bolsa de Lisboa segue no 'vermelho' pressionada pelo tombo superior a 3 pct da Navigator Company NVGR.LS e da Semapa SEM.LS .
** Os pesos-pesados também seguem negoceiam em baixa, com o Millennium bcp BCP.LS a cair 1,1 pct, a EDP (SA:ENBR3) EDP.LS a descer 0,72 pct, a EDP Renováveis EDPR.LS a perder 0,74 pct e a Galp Energia GALP.LS a recuar 0,54 pct, em linha com a queda dos preços do petróleo.
** Do lado dos ganhos, destaque para a subida de 0,4 pct dos CTT CTT.LS e Pharol PHRA.LS , de 0,3 pct do BPI BBPI.LS e Mota-Engil MOTA.LS e de 1,04 pct da Corticeira Amorim CORA.LS .
** No mercado petrolífero, os futuros do barril de Brent LCOc1 para entrega em Novembro cai 1,5 pct para 47,60 dólares e o de Crude CLc1 para entrega em Outubro recua 2 pct para 45,40 dólares, com os investidores imúnes à melhoria de dados macro vindos da china, a optarem pela tomada de lucros.
** No mercado secundário de dívida, a 'yield' das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos desce 3 pontos base para 3,17 pct, após ter disparado ontem para máximos de dois meses.
O Ministério das Finanças disse ontem que em Portugal, "no segundo semestre foram já visíveis sinais de aceleração, em que as componentes mais dinâmicas da procura foram as exportações e o investimento".
O ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou também, numa entrevista à CNBC que o país está comprometido em relançar o investimento, que tem sido um histórico 'calcanhar de Aquiles' da economia, através de incentivos fiscais no Orçamento de Estado (OE) para 2017.
O Tesouro português agendou, para amanhã, um leilão de duas linhas de 'bonds', com maturidades a sete e 20 anos, prevendo colocar entre 750 e 1.000 ME. Patrícia Vicente Rua; Editado por Sergio Goncalves)