Se a inflação na zona euro não recuperar, o Banco Central Europeu vai lançar novos incentivos económicos, entre mais cortes nas taxas de juro e aquisição de ativos. Foi a afirmação de Mario Draghi em Sintra, no último Fórum do BCE em que irá participar como presidente deste organismo, uma vez que o seu mandato termina a 31 de outubro.
Um pouco por toda a Europa os juros da dívida soberana caíram. Em Portugal, as obrigações a dez anos atingiram menos de 0,6%, um mínimo histórico.
Quem não viu com bons olhos estas declarações foi o presidente dos Estados Unidos, que não tardou em manifestar o descontentamento, como é claro, no Twitter.
Nas palavras de Donald Trump, os incentivos anunciados por Draghi "fizeram com que se registasse uma queda imediata do euro face ao dólar, o que torna mais fácil aos europeus competirem com os americanos. Há anos que isto se faz impunemente, assim como acontece com a China e outros".
Por outro lado, os mercados europeus reagiram sorridentemente a este cenário. As bolsas de Milão, Paris e Frankfurt encerraram a jornada com subidas acima dos 2%. Em Lisboa, o PSI20 terminou a ganhar 1,22%.