TÓQUIO, 14 Nov (Reuters) - Os preços do petróleo prolongam uma forte queda esta quarta-feira com receios sobre o enfraquecimento da procura mundial e do excesso de oferta, enquanto as acções globais caíram com tensões no sector de energia a aumentarem a ansiedade sobre a desaceleração da economia.
Os 'spreadbetters' prevêem que as acções europeias abram em baixa, com o FTSE britânico .FTSE a perder 0,4 pct, o DAX alemão a cair 0,3 pct .GDAXI e o CAC francês .FCHI a perder 0,5 pct.
Os futuros do crude norte-americano caíram 7 pct no dia anterior, sofrendo a maior perda em um dia em mais de três anos. Os contratos seguem nos 55,30 dólares por barril CLc1 numa perda de 0,7 pct, depois de uma descida para uma mínimo de um ano nos 54,75 dólares, durante a noite.
O crude Brent LCOc1 cai 0,35 pct, para 65,24 dólares por barril, depois de ter caído 6,8 pct na terça-feira e estabelecido um mínimo recorde de oito meses nos 64,61 dólares.
O Brent tinha subido a um máximo de quatro anos de 86,74 dólares no início de Outubro, quando o mercado se preparava para as sanções dos EUA ao Irão, mas os preços caíram quase 25 pct desde então.
As preocupações com o crescimento global fizeram o índice mais amplo do MSCI de acções da Ásia-Pacífico fora do Japão .MIAPJ0000PUS cair 0,5 pct.
O Hang Seng .HSI Hong Kong caiu 0,55 pct e o Shanghai Composite Index .SSEC recuou 0,9 pct.
As acções australianas .AXJO caíram 1,75 pct , o KOSPI .KS11 , da Coreia do Sul, perdeu 0,3 pct e o Nikkei, do Japão .N225 caiu 0,16 pct.
O Dow .DJI e o S&P 500 .SPX fecharam ligeiramente em baixa na terça-feira, com os preços mais baixos do petróleo a afectarem as acções de energia, anulando um pequeno ganho nas acções de tecnologia e renovadas esperanças de progresso nas negociações comerciais EUA-China. .N
"Embora a queda no WTI seja, sem dúvida, um alívio para os mercados emergentes e para o consumidor global, as taxas reais dos EUA continuam a subir, garantindo a força do dólar", escreveu Sean Darby, estratega-chefe de acções da Jefferies.
"A competição por capital está a coincidir com uma forte desaceleração na China e nos mercados emergentes, pressionando os resultados de 2019".
Activos mais arriscados têm sentido fortes pressões de venda nos últimos dois meses, à medida que aumentam as preocupações com o pico de crescimento dos resultados, além das tensões no comércio internacional e dos sinais de desaceleração do investimento e do crescimento global.
A queda do petróleo sublinha as fissuras na economia global. No Japão, os dados confirmaram que a terceira maior economia do mundo contraiu no terceiro trimestre, aumentando os sinais de fraqueza global, com a China e a Europa a perder força. A Alemanha deverá informar no final do dia que sua economia também encolheu no último trimestre. integral em inglês: (Reportagem de Shinichi Saoshiro, Traduzido para português por João Manuel Maurício, Gdynia Newsroom; Editado por Sérgio Gonçalves em Lisboa)