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NOVA 1-Portugal tem focar redução dívida e crescimento para melhorar rating-CEO BCP

Publicado 22.05.2017, 16:00
Atualizado 22.05.2017, 16:10
© Reuters.  NOVA 1-Portugal tem focar redução dívida e crescimento para melhorar rating-CEO BCP

(Acrescenta visão sobre banca em Portugal)

Por Daniel Alvarenga

LISBOA, 22 Mai (Reuters) - Portugal tem de capitalizar a actual vaga de optimismo para fomentar o crescimento e reduzir a dívida pública e privada, visando melhorar a notação da República para o crucial grau de investimento, disse o CEO do Millennium bcp BCP.LS , Nuno Amado.

"O próximo passo determinante para nos dar o que considero ser uma rede de segurança adequada para o país, bancos, economia e empresas, é trabalharmos em conjunto para continuarmos uma melhoria sustentável do Produto (Interno Bruto) e uma redução da dívida, por forma a que as entidades de rating possam numa segunda fase alterar a sua avaliação do país", disse Nuno Amado.

No final de Abril, a agência de notação canadiana DBRS manteve a notação de Portugal em grau de investimento BBB (low) com perspectiva estável, alertando que o país ainda enfrenta significativos desafios como o elevado endividamento público e das empresas, e o baixo potencial de crescimento. agência de 'rating' é a única das quatro maiores que coloca Portugal em 'investment grade', permitindo o acesso do país ao programa de compra da sua dívida pelo Banco Central Europeu (BCE).

"Se este ano o PIB continuar a crescer a nível mais elevado que a perspectiva internacional das entidades internacionais - e a probabilidade é grande que isso aconteça - em simultâneo com o início de uma redução clara do sentido da dívida pública, creio que ( ..) seria possível fazer isso (subida dos ratings) este ano", frisou o CEO do BCP.

"Mas não creio que, se só houver uma das condições sem a outra, seja fácil isso acontecer".

Portugal precisa de receber grau de investimento de pelo menos uma das agências de rating 'big four'. Moody's, Fitch e Standard&Poor's atribuem grau 'lixo', ou especulativo, à dívida de longo prazo de Portugal.

"Sem ser uma empresa de rating, mas dialogando com elas, entendo que essas condições são essenciais. O caminho é possível, mas vai demorar algum tempo e a dívida tem de começar a descer", vincou o CEO do BCP.

"Se a trajectória for de descida (da dívida), clara e consistente, se durante dois ou três trimestres essa evolução for clara, acho que é a rede de segurança que é preciso".

A Comissão Europeia propôs hoje a saída de Portugal do PDE, abrindo a porta a maior flexibilidade no cumprimento das regras orçamentais no futuro, apesar de ter deixado algumas recomendações. Governo estima que o rácio de dívida pública bruta se tenha situado em 130,4 pct do PIB em 2016 e projecta que caia para 128,5 pct em 2017, enquanto o Conselho de Finanças Públicas o vê a cair para 129,2 pct.

"Passámos a fase mais difícil do ciclo. Acredito que teremos um período mais fácil. Mas a condição é a melhoria do rating da República, absolutamente necessária para o sector financeiro e economia como um todo. É esse o próximo grande desafio. É isso que todos devíamos pôr na agenda do sector empresarial e político", concluiu.

A 'yield' das obrigações do tesouro de Portugal a 10 anos PT10YT=TWEB segue a negociar nos 3,15 pct, quatro pontos base abaixo da sessão anterior, em mínimos desde Outubro de 2016, contra o máximo do ano próximo dos 4,3 pct em Fevereiro.

BANCA MAIS SUSTENTÁVEL

O CEO do BCP está optimista tanto quanto à economia portuguesa como sobre os seus bancos.

"Hoje temos um sector financeiro muito diferente do passado. O nível de requisitos de capital de Portugal é muito maior, os balanços muito mais equilibrados, temos os créditos sobre depósitos mais equilibrados. É uma posição muito mais sustentável para o futuro", disse Nuno Amado.

Destacou a melhoria do rácio de eficiência para 40 pct, de 80 pct antes.

"É o que nos dá margem bruta que nos permite enfrentar um futuro difícil ainda. Acabámos de pagar os CoCo's-Contingent Convertible Bonds há três meses, mas pela primeira vez este trimestre, o crédito à economia aumentou quando comparamos Março com Dezembro de 2016", frisou o CEO do BCP.

"Temos o apoio dos accionistas e obrigação de recuperar valor. Não nos esquecemos dos accionistas que estiveram connosco em períodos difíceis, a começar pela Sonangol, EDP (SA:ENBR3). Não nos esquecemos que a Fosun nos deu apoio num momento fundamental".

O BCP teve um lucro acima do previsto de 50,1 milhões de euros no primeiro trimestre de 2017, contra o lucro de 46,7 ME no período homólogo, pressionado por fortes imparidades, apesar da subida da margem financeira. (Editado por Sérgio Gonçalves)

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