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Presidente CMVM optimista fundos investimento Portugal, confiança regressa

Publicado 14.03.2018, 13:16
Atualizado 14.03.2018, 13:20
© Reuters.  Presidente CMVM optimista fundos investimento Portugal, confiança regressa

Por Goncalo Almeida

LISBOA, 14 Mar (Reuters) - A confiança nos fundos de investimento em Portugal ganhou um novo alento em 2017 e, apesar das taxas de poupança historicamente baixas, há uma aposta crescente no mercado de capitais, suportada por uma conjuntura mais favorável, disse a presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"Embora consciente da persistência de diversos riscos identificáveis (...) parece razoável afirmar que o pior já passou, e que as actuais condições económicas e de mercado permitem favorecer o crescimento do volume de activos sobre gestão que se regista desde o ano passado", disse Gabriela Figueiredo Dias, num discurso publicado no site da CMVM.

"Apesar das taxas de poupança historicamente baixas, os investidores estão a transferir uma parte das suas poupanças para o mercado de capitais, o que sugere que a confiança nos fundos de investimento ganhou um novo alento em 2017", afirmou.

CMVM EMPENHADA

Adiantou que "a CMVM, enquanto regulador, está profundamente empenhada em contribuir para um mercado de fundos de investimento dinâmico, inovador, competitivo e seguro".

Explicou que em simultâneo quer assegurar "a imprescindível inovação financeira e capacidade de renovação do setor e um nível apropriado de proteção do investidor e de mitigação do risco que promova a estabilidade financeira, sem esquecer a dimensão prudencial e a governação das entidades gestoras".

No final do ano passado, existiam 154 fundos de investimento ativos em Portugal, com cerca de 12.300 milhões de euros (ME) sob gestão.

A capitalização média dos fundos de investimento aumentou de 60 ME no final de 2015 para 80 ME em 2017, "o que significa que, numa indústria, em que as economias de escala são determinantes, estamos no bom caminho".

"De facto, 2017 foi positivo não só para a dívida pública de retalho e para os depósitos bancários, como também para os restantes instrumentos de investimento onde se incluem os fundos", frisou.

Os fundos de investimento registaram uma entrada de líquida de 1.000 ME neste período, sustentados em grande medida pelos UCITS - Iniciativa para o investimento colectivo em títulos transferíveis.

Os UCITS estrangeiros comercializados em Portugal também registaram fluxos de entrada de capital positivos e estão a competir cada vez mais com os seus pares locais, "o que coloca uma pressão positiva sobre os gestores de ativos nacionais para que se tornem mais resilientes e competitivos".

A juntar a este factor, o melhor desempenho do mercado, a recuperação paulatina da confiança dos investidores, os sinais de uma retoma económica, as taxas de juro mais baixas e as oportunidades da Fintech são "desenvolvimentos económicos e sociais" que contribuem para um "novo fôlego e energia no mercado e na indústria de gestão de activos".

"Ainda assim, subsistem múltiplos desafios que têm que ser enfrentados e que exigem uma gestão profissional, focada e responsável, que privilegie a excelência e que ofereça aos investidores a confiança necessária a uma recuperação gradual do mercado", acrescentou.

PORTUGAL VS EUROPA

Para Gabriela Figueiredo Dias, apesar do progresso verificado nos últimos meses dos montantes de activos sob gestão, "a evolução do mercado português continua tímida quando comparada com outros mercados da UE".

No entanto, realça que esta comparação não deve ser feita sem considerar a situação particular do mercado português. Para a Presidente do Conselho de Administração da CMVM, existe uma "série de constrangimentos, alguns dos quais ainda não totalmente superados".

Um mercado dominado pela banca, uma crise de confiança por parte dos investidores em Portugal, "em consequência de determinados eventos (...), como os casos do BES, PT e Banif, com raízes em problemas graves de 'governance'", bem como uma tendência de aversão ao risco fazem parte da lista de "constrangimentos" de que Portugal ainda recupera.

"Outros efeitos colaterais, como os baixos níveis de liquidez nos mercados portugueses e uma diminuição sensível no número de players de referência", acrescentou. (Por Gonçalo Almeida Editado por Sérgio Gonçalves)

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