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Jornalistas de todo o mundo, celebridades e milhares de profissionais reúnem-se este fim de semana na Watches and Wonders, a principal feira de relógios do mundo, que este ano se apresenta maior do que nunca, com 48 casas a competir em estilo e conhecimento.
As propostas são diversificadas e há quem sugira um regresso ao passado, revisitando uma linha lançada no final do século XIX, algo apreciado pelos conhecedores mais jovens.
"As gerações mais jovens são pessoas com acesso a informação que nunca tivemos no passado e, por isso, procuram o que é verdadeira. Querem saber o que está por trás de uma marca, o que está por trás de um preço, o que está por trás de um relógio, compreender tudo. Temos de lhes oferecer experiências, emoção, paixão... Mas o conhecimento tem evoluído enormemente, na direção certa", afirma o diretor executivo da Zenith, Julien Tearare.
Há uns tempos, as pessoas queriam ter um copo de champanhe num ambiente chique, agora procuram um propósito
Rolf Studer Diretor executivo da Oris
Ao longo dos corredores da Palexpo, artesãos independentes e industriais históricos fazem desta presença na feira uma oportunidade para expressar a identidade, seja através de desportos motorizados, joias, ou causas, como a da defesa do ambiente.
Posicionando-se como líder desta tendência global na indústria, a marca, que este ano apostou no Sapo Cocas para o novo relógio, foi a primeira a ser certificada como neutra em carbono e orgulha-se de reunir a comunidade em ações de limpeza em todo o mundo.
Rolf Studer, diretor executivo da Oris, recorda-se que "há uns tempos, as pessoas queriam ter um copo de champanhe num ambiente chique", mas que "agora procuram um propósito. Querem mudar as coisas, querem contribuir para o melhor. Nós não defendemos o luxo exclusivo, defendemos o luxo inclusivo".
Há também quem se destaque pela preservação dos oceanos com a marca presente sob as velas dos barcos. Antigo fornecedor de mergulhadores da marinha italiana, o fabricante manteve as suas caixas grandes e luminescentes, mas graças ao conselho de um dos seus embaixadores, o aventureiro Mike Horn, hoje favorece os materiais reciclados.
"Quando participamos numa feira comercial como esta, vê-se como nos expressamos, a teatralização das nossas marcas, que também pode ser vista nas nossas lojas. Ou seja, como replicamos a proposta desta feira, que é essencialmente de espetáculo, no resto da nossa rede de distribuição e nas outras 51 semanas do ano", afirma o diretor executivo da Panerai, Jean-Marc Pontroué.
(...) há pessoas que gostam da ideia de um ser humano a lutar para terminar todas estas pequenas peças que eventualmente funcionam como um relógio
Wilhelm Schmid Diretor executivo da Lange & Sohne
Um pouco mais à frente, uma empresa conhecida por reivindicar as suas origens germânicas, através da robustez dos seus modelos. Nascida na Saxónia há quase dois séculos (1845) e expropriada pelo regime comunista, a Lange & Sohne é agora um símbolo do desenvolvimento da indústria relojoeira de luxo, também por produzir relógios em quantidades limitadas.
Para Wilhelm Schmid, diretor executivo da marca, "o futuro é brilhante, desde que nos asseguremos de que temos novos criadores de relógios. A comunicação faz um bom trabalho em manter-nos relevantes e há um número suficiente de pessoas que gostam da ideia de um ser humano a lutar para terminar todas estas pequenas peças que eventualmente funcionam como um relógio".
Um dos desafios do setor é encorajar vocações num ecossistema que precisa de inovar, entre o artesanato, o design e a tecnologia. Temas abordados n' O Laboratório, um espaço que reúne fabricantes e start-ups.
Matthieu Humair, diretor executivo da Fundação Watches & Wonders de Genebra, explica que o local consiste numa "incubadora de novas ideias que permite às pessoas entrar em contacto, conhecer os homens e mulheres que fazem relógios, experimentar relógios. Não há nada como a discussão e o trabalho em rede, e aqui, na Watches and Wonders é onde isso acontece.
Os organizadores esperam fazer de Genebra a capital mundial da relojoaria. Pela primeira vez, estão também a ser organizados eventos no centro da cidade, como conferências, visitas guiadas e ações de casa aberta. Será por exemplo possível entrar numa loja temporária para conhecer uma coleção de luxo, como a da H. Moser & Cie, só acessível a alguns.
"Muitos dos nossos relógios estão esgotados, por isso muitas pessoas em todo o mundo não conseguem ver os relógios nas lojas. Agora podem vir aqui, onde temos uma coleção completa, podem colocá-los no pulso, experimentar a marca, falar com os proprietários, é uma semana incrível esta aqui em Genebra, que atrai muita gente, muita atenção", afirma o diretor executivo da empresa, Edouard Maeylan.
Outro argumento para fazer de Genebra um dos principais destinos de relojoaria é uma estreia: pela primeira vez o evento é aberto ao público em geral, durante o fim de semana.
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