A Rússia anunciou que vai retaliar contra as sanções dos Estados Unidos da América sobre o gasoduto russo Nord Stream 2. Donald Trump assinou a legislação, na semana passada, que penaliza as empresas associadas à construção do gasoduto.
O Governo de Vladimir Putin considera a medida inaceitável e denunciou que prejudica a economia de diversos países.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros defendeu que os norte-americanos puniram os aliados europeus. Sergey Lavrov sublinhou "que agora nenhum país no mundo duvidará de que se os Estados Unidos prometerem algo, eles não vão cumprir."
A Alemanha é uma das maiores beneficiárias do gasoduto que vai transportar gás natural da Rússia até à Europa.
A porta-voz do Governo, Ulrike Demmer, frisou que Berlim não apoia "essa prática de sanções extraterritoriais".
O Nord Stream 2 já está construído em mais de 80% e vai permitir o transporte de gás natural entre a Rússia e a Europa. O gasoduto terá cerca de 1200 quilómetros e passa sob o Mar Báltico, contornando a Ucrânia.
O Governo de Angela Merkel anunciou que não vai retaliar contra as sanções norte-americanas. Berlim avisou, no entanto, que o projeto sofrerá um pequeno atraso, mas ficará concluído no segundo semestre de 2020.