Os preços globais da energia são uma fonte de incógnitas. Mas, para os mercados, quais são as oportunidades?
Tony Greer, Editor do Morning Navigator (ELI:NVGR), analisa a situação para a Euronews.
"O mercado energético atual está a ser influenciado pela nossa vontade política de acabar com a dependência dos combustíveis fósseis e fazer a transição para a neutralidade carbono neutro, possivelmente a um ritmo mais rápido do que a economia pode aguentar.
A forma como os políticos nos EUA e na UE têm feito isso é o cancelamento de gasodutos, têm cancelado a perfuração em terras federais e desencorajado o investimento no espaço. Isto cria um mercado volátil e propício ao mercado.
Os comerciantes estão a lutar para assegurar o abastecimento imediato num cenário em que há baixos inventários e esse cenário, em termos gerais, é altamente transacionável".
Como se transaciona individualmente no mercado?
"Tenho comprado petróleo e fundos relacionados à medida que mergulham em suportes médios, algures entre as médias móveis a 50, 100 e 200 dias, tentando vender petróleo quando se afasta das médias móveis para novos máximos.
As ações energéticas têm tido um desempenho superior ao do petróleo, a mercadoria. Estamos num cenário neste momento em que Joe Biden está a derramar a reserva estratégica de petróleo nos mercados para fazer baixar o preço da gasolina antes das eleições de meio de mandato e as ações das petrolíferas parecem não querer alinhar nessa descida", refere Tony Greer.
Perspetivas a longo prazo
"Enquanto a vontade política de acabar com a nossa dependência dos combustíveis fósseis for visível e presente como é hoje, vou manter uma perspetiva positiva sobre o preço do petróleo e os mercados energéticos. Os riscos para o meu comércio, neste momento, são uma mudança na liderança, com uma política energética mais sensata, ou uma reviravolta dramática nesta velocidade extrema em direção à neutralidade carbónica", conclui o perito.