200 milhões de libras, qualquer coisa como 227 milhões de euros. É a quantia que a Thomas Cook está obrigada a encontrar nos próximos dias para levar avante o pacote de resgate negociado com o maior acionista, o grupo chinês Fosun. Caso contrário, o futuro da empresa fundada em 1871 está em risco.
O acordo de resgate, superior a mil milhões de euros, seria suportado em partes iguais pelos acionistas maioritários e pela banca mas foi adiado pela exigência das entidades bancárias de ter fundos adicionais, os tais duzentos milhões de libras, como reserva para o inverno, período em que existe uma baixa significativa no volume de negócios da empresa turística.
Caso a Thomas Cook seja obrigada a fechar portas, milhares de viajantes que utilizaram os pacotes da empresa para ir de férias terão de ser repatriados ou encontrar alternativas para regressar a casa.
A Thomas Cook é uma referência no setor, o ano passado faturou mais de dez mil milhões de euros, dá emprego a mais de vinte mil pessoas e possui duas centenas de hotéis e quatro companhias aéreas mas tem uma dívida de perto de dois mil milhões de euros.
As dificuldades de última hora não deixaram de ter reflexos nos mercados, com as ações da empresa a caírem 15% para um mínimo histórico a rondar os dois cêntimos.