Por Claudia violante
SÃO PAULO, 12 Jun (Reuters) - O dólar recuava nesta terça-feira e era negociado ao redor do patamar de 3,70 reais, com o mercado bastante atento à atuação do Banco Central no mercado de câmbio e antes da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano.
Às 10:28, o dólar BRBY recuava 0,13 por cento, a 3,7217 reais na venda, depois de subir 0,54 por cento na véspera.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,6895 reais e, na máxima, a 3,7229 reais. O dólar futuro DOLc1 caía cerca de 0,20 por cento.
"No geral, esses números estão alinhados com as expectativas e, como tal, não devem movimentar muito os mercados hoje ou mudar o debate para os formuladores de políticas antes da reunião do Fed amanhã", afirmou o analista da gestora CIBC Andrew Grantham.
Ele referia-se ao índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos de maio divulgado nesta manhã, com alta de 0,2 por cento, dentro do esperado. Fed acompanha uma medida de inflação diferente, que está um pouco abaixo da meta de 2 por cento. A autoridade deverá aumentar a taxa de juros pela segunda vez este ano na quarta-feira.
Os economistas estavam divididos sobre se sinalizará mais um ou dois aumentos dos juros em seu comunicado. Taxas elevadas têm potencial de atrair aos Estados Unidos recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira.
Assim, o dólar registrava leve baixa ante uma cesta de moedas .DXY e em queda ante o peso mexicano MXN= e chileno CLP= .
O recuo doméstico da moeda norte-americana ante o real tinha influência da ação discricionária do BC, que prometeu na semana passada injetar 20 bilhões de dólares adicionais em novos contratos swaps cambiais até a próxima sexta-feira para dar liquidez ao mercado e ajudar a conter a volatilidade.
"O mercado ainda está cauteloso em função da reunião do Fed e questões internas, mas ele se mantém amortecido com o BC agindo", afirmou o operador de câmbio da corretora Spinelli José Carlos Amado.
Por ora, o BC apenas anunciou a oferta de até 8.800 swaps cambiais tradicionais para rolagem do vencimento de julho. investidores seguiam preocupados com a questão eleitoral e a falta de tração dos candidatos que consideram mais comprometidos com o ajuste fiscal nas pesquisas de intenção de voto.
(Edição de Patrícia Duarte)