LONDRES, 23 Set (Reuters) - Os mercados de acções encaminham-se, esta sexta-feira, para o maior ganho semanal em dois meses, após uma semana marcada pelas reuniões de bancos centrais que deixaram os investidores pouco convencidos que as autoridades dos EUA pretendem pôr fim a uma era de taxas de juro ultra-baixas.
As bolsas europeias caíram 0,5 pct no início da negociação, mas o índice de acções global .MIWD00000PUS está ainda próximo de máximos de 13 meses, depois da declaração da Reserva Federal, na quarta-feira, de que na pior das hipóteses, poderia aumentar as taxas de juro apenas gradualmente ao longo do próximos dois anos.
A probabilidade do Fed decidir um, muito especulado, aumento dos juros em Dezembro, empurrou as yields do Tesouro norte-americano para a maior queda em semanas e o dólar a uma descida de meio pct no conjunto da semana.
A compra de dívida italiana e espanhola - um outro indicador do apetite dos mercados pelo risco - tem impulsionado a maior queda semanal das 'yields' desde o início de Julho.
O sentimento permanece misto. Expectativas de um acordo para estabilizar a produção de petróleo, na reunião da OPEP na próxima semana, não são suficientes para impulsionar os preços da matéria-prima. Um conjunto de dados fracos da economia alemã levou a Europa a manter as qudas.
"O 'rally' alimentado pelo Fed que catapultou as acções esta semana, para além do marasmo do Verão, está a mostrar alguns sinais de fadiga", disse Jasper Lawler, analista da CMC Markets em Londres.
"A reação imediata dos mercados à decisão do Fed ... tem sido de yields do Tesouro mais baixas, preços das acções mais altos e um dólar mais fraco. Isso reflete a percepção de que o Fed não está prestes a aumentar as taxas pelo menos por mais três meses".
Notícia completa em inglês: Patrick Graham; Traduzido por Patrícia Vicente Rua; Editado em português por Shrikesh Laxmidas)