Obtenha dados premium na Cyber Monday: poupe até 55% InvestingProOBTER OFERTA

Centeno exige maior coordenação entre reguladores, protecção investidores

Publicado 30.11.2016, 11:17
© Reuters.  Centeno exige maior coordenação entre reguladores, protecção investidores

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 30 Nov (Reuters) - O Governo exige o crucial reforço da coordenação e partilha de informação entre os reguladores financeiros de Portugal e uma maior atenção à proteção dos investidores, disse o Ministro das Finanças, avisando que o país não pode repetir experiências recentes.

Contudo, Mário Centeno não se referiu a qualquer caso concreto, nomeadamente na banca, que nos últimos anos registou vários colapsos que penalizaram investidores e pesaram nas contas públicas.

Nos últimos anos, o país tem sido confrontado com o 'colapso' de bancos, tendo o Banco Português de Negócios sido nacionalizado em 2008, o Banco Privado Português dissolvido em 2010, o Banco Espírito Santo BES.LS sido alvo de resolução em meados de 2014 e o Banif BANIF.LS também 'resolvido' no fim de 2015.

"O futuro apenas pode ser encarado com um reforço da coordenação entre reguladores. As lições do passado recente devem ser compreendidas", avisou o ministro das Finanças, na tomada de posse da nova presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias.

"Para o efeito o Governo preparará uma reforma do quadro regulatório da supervisão financeira que reforce o carácter necessariamente transversal da supervisão macroprudencial", avisou o ministro das Finanças.

Adiantou que "os acontecimentos relativamente recente ocorridos em Portugal exigem das instituições com competência na matéria uma maior atenção à proteção dos investidores".

"Estas situações colocaram, e vão continuar a colocar, uma pressão acrescida sobre a CMVM ao nível do contencioso. As instituições com responsabilidade neste domínio devem estar à altura, agindo, sempre que necessário, de forma rápida, proactiva, preventiva e eficaz".

Realçou que "tem conhecimento da urgência de dotar a CMVM das condições necessárias ao seu equilíbrio financeiro, faltando ainda dotar a CMVM da autonomia de gestão necessária para concretizar, na sua plenitude, a independência orgânica, técnica e funcional".

"Uma das prioridades do Governo foi a do reforço da solidez do sistema financeiro. Isto é indissociável da existência de um quadro regulatório bem definido e capaz de dar resposta aos desafios e problemas que possam surgir nos mercados financeiros".

PARTILHEM INFORMAÇÃO

Mário Centeno lembrou que, "em Portugal, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões têm um quadro de actuação sectorial".

"Não confundindo o papel nem a identidade de cada autoridade de supervisão, defendo - e a experiência recente tem demonstrado que é indispensável - uma rápida, ágil e completa coordenação e partilha de informação entre os supervisores financeiros, em ambiente de confiança e reciprocidade", frisou Mário Centeno.

Sublinhou que "cada autoridade deve poder agir e decidir com base em informação completa e actualizada".

"O que só é possível de uma forma eficiente, se a mesma for partilhada entre todos os reguladores e supervisores". (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.