Investing.com - As praças europeias de referência iniciaram a semana no "vermelho", a prolongar as perdas da última sessão. A acompanhar o desempenho das congéneres, em Lisboa, o PSI20 cedia esta manhã 1,17% para 5.930,21 pontos, com 17 cotadas em queda, uma em alta e duas inalteradas.
À semelhança do que aconteceu no final da semana passada, os investidores não escondem o nervosismo face às negociações orçamentais nos Estados Unidos. Em causa está o receio de que parte da administração norte-americana feche no final desta segunda-feira, à falta de um entendimento no Congresso.
Por cá era o setor da banca que mais pressionava o mercado nacional, com destaque para a queda de 3,83% dos títulos do BES, a negociar nos 0,778 euros. BCP e BPI recuavam 2,11% e 1,81% para cotar nos 0,093 euros e 0,924 euros respetivamente. Sem variação seguiam o ESFG, nos 5,2 euros, e o BANIF, nos 0,01 euros.
A acompanhar a tendência, o setor energético também recuava em bloco. EDP e a subsidiária EDP Renováveis regrediam 1,22% e 1,19% para 2,681 euros e 3,833 euros respetivamente. As ações da petrolífera Galp depreciavam 0,4% para 12,32 euros.
A Zon Optimus era a única cotada a impedir maiores perdas no setor das telecomunicações. Avançava esta manhã 0,23% para 4,379 euros por ação. A Portugal Telecom perdia 1,25% para 3,331 euros e a Sonaecom 1,61% para os 2,018 euros.
No remanescente do universo Sonae as ações da casa mãe estavam a negociar nos 0,921 euros, com uma queda de 1,07%, enquanto os papéis da Sonae Indústria depreciavam 2,44% para 0,56%.
O peso pesado Jerónimo Martins cedia 1,01% para 15,23 euros e a Mota-Engil 0,93% para 2,891 euros.
Lá fora, o índice Eurostoxx 50, cedia 0,90% para os 2.892,96 pontos, no dia em que são divulgados números referentes à inflação na Zona Euro e no conjunto dos países da União Europeia.
Sem surpresas, Itália destacava-se pela negativa com o MIB a recuar 1,52%. A pressionar está o clima de instabilidade política que reina no país e que ameaça o velho continente. A 4 de outubro deverá ficar claro, através de votação, se Silvio Berlusconi é ou não expulso do Senado, por ter sido condenado por corrupção no âmbito do caso ‘Mediaset'. Neste cenário, Silvio Berlusconi ordenou a demissão dos ministros do Povo da Liberdade (PdL), o que pode provocar a queda do Governo liderado por Enrico Letta e eleições antecipadas.
O plano para a saída da crise passa por um novo executivo formado sem convocar eleições, mas para isso Letta terá de forçar divisões no PdL.
Nas restantes praças europeias, as perdas oscilavam entre os 0,68% do FTSE londrino e os 0,99% do IBEX madrileno. O CAC francês regredia 0,94% e o DAX alemão 0,78%.