LISBOA, 9 Jan (Reuters) - O índice português PSI20 .PSI20 fechou a cair 0,55 pct, pressionado pelas descidas mais fortes das energéticas e do Millennium bcp, em sintonia com as principais praças europeias, à excepção da Bolsa de Londres que fixou um máximo histórico, segundo traders.
* A Bolsa de Lisboa encerrou nos 4.677 pontos, com 16 das 18 cotadas no 'vermelho'.
* A Galp energia GALP.LS recuou 1,6 pct, em sintonia com as petrolíferas europeias, acompanhando o tombo mercados internacionais, com o barril de Brent LCOc1 a afundar 3 pct para 55,42 dólares.
* Os preços do petróleo descem com o aumento das exportações do Irão, que poderá abalar os esforços de outros produtores de petróleo para conter o excesso de oferta global. Os produtores norte-americanos, por sua vez, aumentaram a actividade pela décima semana consecutiva.
* A pressionar o índice estive ainda a EDP (SA:ENBR3) EDP.LS a cair 0,36 pct, os CTT CTT.LS a recuar 1,36 pct e o BCP BCP.LS a perder 1,33 pct. O BPI BBPI.LS desceu 0,18 pct para 1,128 euros.
O Caixa Banco de Investimento subiu o preço-alvo do BPI 8 pct para 1,3 euros e a recomendação para 'accumulate', prevendo o sucesso da OPA dos espanhóis do Caixabank e melhorias operacionais. termos operacionais, o principal desafio para o banco continua relacionado com a recuperação da rentabilidade no mercado interno", disse André Rodrigues, analista do BPI.
* Destaque para as quedas superiores a 1 pct da Altri ALSS.LS , Navigator NVGR.LS , Semapa SEm.LS e Mota-Engil MOTA.LS .
* Pela positiva, a EDP Renovaveis (LS:EDPR) subiu 0,54 pct e a Jerónimo Martins JMT.LS ganhou 1,14 pct.
* Na Europa, destaque positivo para a subida da Bolsa de Londres, que ficou um novo máximo recorde, apoiada na subida das mineiras. As restantes praças europeias fecharam em queda.
* O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX fechou a cair 0,49 pct, pressionado pelas descidas de 1,7 pct da banca .SX7P e de 1,4 pct do sector 'oil & gas'.
JUROS DESCEM
* A 'yield' das Obrigações do Tesouro de Portugal a 10 anos desce 6 pontos base para 3,99 pct, num reajuste técnico após o máximo de 11-meses tocado na sessão anterior, reagindo ainda à palavras do ministro das Finanças.
Em entrevista à Reuters, Mário Centeno, explicou que o recente aumento das 'yields' da dívida soberana portuguesa ocorreu num contexto de riscos e incertezas na zona euro e baixa liquidez no mercado, mas será um movimento temporário pois os fundamentos da economia estão mais fortes, vendo uma melhoria de 'ratings' em 2017.
Adiantou que Portugal vai sair do procedimento por défices excessivos em 2016, colocando o défice "muito significativamente abaixo de 3 pct e com uma probabilidade muito elevada abaixo de 2,4 pct" da meta do Governo, que já era uma décima inferior à imposta por Bruxelas e compara com 4,4 pct do PIB em 2015.
"Nós obviamente vemos esta subida (de 'yields') como temporária associada a factores muito específicos de incerteza (externa) e de baixa liquidez de mercado (de final de ano)", disse Mário Centeno. (Por Patrícia Vicente Rua; Editado por Sérgio Gonçalves)