Investing.com - Com os investidores de olhos postos na divulgação das minutas da última reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos e na apresentação formal da proposta da Comissão Europeia para a criação de um mecanismo único de resolução de bancos em dificuldade, as bolsas europeias abriram em zona mista.
A praça lisboeta iniciou a sessão com o PSI 20 a perder 0,08% para os 5.522,22 pontos. Mas à medida que o dia avançava o principal índice da praça lisboeta corrigiu as perdas e valorizava 0,24%, com oito cotadas em alta e doze em baixa.
O setor da banca era o que mais pressionava Lisboa ao início da sessão. À semelhança de ontem o Banif liderava as perdas, com uma queda de 6,94% para os 0,067 euros, mas pouco depois os títulos do banco subiam 1,39% para os 0,073 euros. O banco iniciou esta segunda-feira uma nova fase do plano de capitalização, mas a instituição tem vindo gradualmente a perder terreno, porque as notícias que falam dos riscos desta operação ganharam força.
As ações do BCP acompanhavam a tendência altista do Banif com uma subida de 1,09% para os 0,093 euros. BES e BPI escorregavam 0,48% e 0,32% para os 0,627 euros e 0,927 euros respetivamente.
Os títulos da Sonae Indústria e da Sonaecom eram dos que mais puxavam pela praça lisboeta com valorizações de 1,64% e 0,43% para os 0,495 euros e 1,627 euros respetivamente. Já as ações da casa mãe registavam uma queda de 0,55% para os 0,728 euros.
A Galp também impulsionava o PSI 20 com uma subida de 0,3% para os 11,685 euros por ação. Esta quarta-feira, a petrolífera inaugura a Enerfuel. Trata-se da primeira fábrica em território nacional que produz biodiesel de matérias-primas classificadas como resíduos ou detritos, entre eles óleos usados e gorduras de animais, num investimento total de 8,5 milhões de euros.
Entre as praças europeias, a notícia de que as exportações chinesas desceram inesperadamente em junho, -3,1%, confirmando o desaceleramento no crescimento da economia do país, parecia ter algum impacto. Mais impacto ainda tinha corte de "rating" da Standard & Poor's à dívida italiana, devido às perspetivas de fraco crescimento da terceira maior economia do euro e às dificuldades do sistema financeiro.
O índice Eurostoxx 50 desvalorizava 0,10% para os 2.661,40 pontos. O MIB italiano liderava as perdas com uma quebra de 0,50%. No mercado secundário de dívida, os juros italianos subiam em todas as maturidades. O impacto não se fazia sentir em Portugal, onde se registavam quedas em todos os prazos.
Em Espanha o IBEX escorregava 0,49, acompanhado pelo CAC francês, com uma queda de 0,01%, no dia em que se esperam dados sobre a produção industrial no país e em Itália. O DAX alemão perdia 0,04% e Atenas perdia 0,47%. O FTSE londrino era exceção, ligeiramente acima da linha água, valorizando 0,02%.