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FOCO-Portugal mantém crescimento 2,8 pct no 2do tri 2017, mais alto década com investimento

Publicado 14.08.2017, 13:04
Atualizado 14.08.2017, 13:10
© Reuters.  FOCO-Portugal mantém crescimento 2,8 pct no 2do tri 2017, mais alto década com investimento

(Acrescenta citações do ministro das Finanças e Morgan Stanley (NYSE:MS))

Por Sergio Goncalves

LISBOA, 14 Ago (Reuters) - A economia de Portugal cresceu 0,2 pct no segundo trimestre de 2017 face ao primeiro trimestre e manteve o crescimento homólogo ao nível mais elevado de uma década nos 2,8 pct, suportado pela procura interna dada a aceleração do investimento, apesar de penalizado pelas exportações líquidas.

Segundo a Estimativa Rápida do INE, no primeiro trimestre de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) português tinha tido um crescimento de 1 pct comparando com o quarto trimestre de 2016.

"Estes dados conferem um sinal positivo sobre a sustentabilidade e equilíbrio da economia portuguesa, que cresce há 15 trimestres consecutivos e a um ritmo superior ao da média europeia", disse o ministro das Finanças, Mário Centeno.

O ministro das Finanças frisou que, ao contrário do que tem acontecido em Portugal, estes dados mostram que "crescimentos da ordem dos 2 pct ou 2,5 pct são possíveis para Portugal e são desejáveis", frisando: "é para aí que nós nos devemos dirigir".

"Este crescimento, alavancado na confiança externa e interna, ocorre num contexto de gestão rigorosa das contas públicas. Vamos cumprir os objectivos, que se traduzirão na redução da dívida para uma trajectória sustentável", disse Mário Centeno.

"O número é bom, é mais um trimestre de crescimento, que coloca Portugal na possibilidade de chegar a um crescimento de 3 pct este ano", disse Filipe Garcia, economista e presidente da Informação de Mercados Financeiros (IMF).

Adiantou que, "no entanto, o número desaponta um pouco, tendo em conta as expectativas geradas, dado que havia a sensação que seria possível uma aceleração constante".

Quanto à variação homóloga, o Instituto Nacional de Estatística (INE) referiu que "a procura externa líquida registou um contributo ligeiramente negativo para a variação homóloga do PIB, refletindo uma mais acentuada desaceleração em volume das Exportações de Bens e Serviços do que das Importações de Bens e Serviços".

"A procura interna manteve um contributo positivo elevado, superior ao do trimestre precedente, em resultado da aceleração do investimento", acrescentou o INE.

INVESTIMENTO FORTE

Mário Centeno realçou que "o mais importante de hoje, no destaque do INE, é a aceleração do investimento no segundo trimestre, que é extensível a todos os componentes", adiantando: "é esse investimento que todos esperávamos para ganhar a economia ganhar sustentabilidade. É o mais alto desde o ano 2000".

Contudo, Filipe Garcia destacou que "o 'sinal amarelo' nestes dados é que as exportações líquidas tiveram um contributo negativo, apesar do excelente contexto externo de que tem beneficiado a economia portuguesa".

"Há um forte crescimento do investimento e sabe-se que tradicionalmente há uma componente forte de importações para se fazer este investimento", explicou.

Comparando com primeiro trimestre de 2017, o "contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB foi negativo; em contrapartida, o contributo da procura interna aumentou devido à evolução do investimento, em que o contributo quer da variação de existências, quer da FBCF foram positivos, o desta última inferior ao observado no trimestre anterior".

O Morgan Stanley referiu que esta desaceleração em cadeia "pode ser um sinal de que a recuperação cíclica excepcionalmente rápida dos três trimestres anteriores está a desaparecer".

"A desaceleração foi mais acentuada do que nós e o consenso esperávamos (...) sugere que este segundo trimestre poderia, portanto, ser mais um 'soluço' do que um retorno a uma tendência de crescimento fraco", afirmou o Morgan Stanley.

MELHORA

Os últimos indicadores, como os do cada vez mais robusto mercado de trabalho, têm mostrado que a economia portuguesa está a ganhar tracção, tendo o INE dito recentemente que o clima económico tinha subido para o máximo de 15 anos em Julho e que a confiança dos consumidores tinha escalado para um novo recorde desde o início da série em 1997. 9 de Agosto, o INE disse que a taxa de desemprego em Portugal desceu em cadeia 1,3 pontos percentuais para 8,8 pct no segundo trimestre de 2017, tendo sido criados mais 3,4 pct ou 157,9 mil novos postos de trabalho do que no período homólogo, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2013. Junho, o Banco de Portugal (BP), reconhecendo um dinamismo assinalável das exportações e do investimento, reviu em forte alta de 0,7 pontos percentuais o crescimento do PIB português para 2,5 pct em 2017, acima dos 1,8 pct previsto inicialmente pelo Governo e dos 1,4 pct a que cresceu em 2016.

Posteriormente, em meados de Julho, o Comissário Europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, referiu que Portugal fez um progresso económico e orçamental impressionante e o PIB pode crescer mais do que os 2,5 pct estimados pelo BP.

Mário Centeno destacou a robustez da "qualidade do emprego criado pode ser medida vários indicadores: 91 pct do ganho líquido do emprego último ano foi contratos permanentes e 95 pct a tempo completo".

Lembrou que "estes resultados são alcançados com saldos primários positivos".

"Este esforço de crescimento económico é conseguido com consolidação das contas públicas, que é essencial para a redução do peso da dívida públcia em função do PIB", disse o ministro das Finanças que mantém a previsão que o rácio desça para cerca de 127 pct do PIB no fim do ano.

"A partir de 2017 a economia está em condições de, de forma susetantável, manter a redução do peso da dívida no PIB"

Portugal saiu recentemente do Procedimento por Défices Excessivos (PDE) na sequência de ter reduzido o défice público para 2 pct do PIB em 2016 - o mais baixo desde 1975 - contra 4,4 pct em 2015.

O Governo português visa cortar o défice para 1,5 pct em 2017. (Editado por Patrícia Vicente Rua)

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