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Petróleo cai após Trump pede OPEP para cortar preços, mercado antecipa tarifas comerciais China/EUA

Publicado 05.07.2018, 08:37
Atualizado 05.07.2018, 08:40
Petróleo cai após Trump pede OPEP para cortar preços, mercado antecipa tarifas comerciais China/EUA

Petróleo cai após Trump pede OPEP para cortar preços, mercado antecipa tarifas comerciais China/EUA

Por Henning Gloystein

SINGAPURA, 5 Jul (Reuters) - Os preços do petróleo caíram na quinta-feira após o presidente dos EUA, Donald Trump, enviar um tweet estridente a exigir que a OPEP reduza os preços do petróleo bruto.

A escalada da guerra comercial entre Washington e Pequim, que desencadeou outra onda de vendas de acções asiáticas na quinta-feira, também foi sentida nos mercados de petróleo, com a China a alertar que poderia introduzir impostos sobre as importações de petróleo dos Estados Unidos em data ainda não especificada.

Os futuros do petróleo Brent LCOc1 estão a negociar nos 77,70 dólares por barril, uma queda de 54 centavos, ou 0,7 por cento, desde o seu último fecho.

Na quarta-feira, Trump acusou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de elevar os preços dos combustíveis.

"O Monopólio da OPEP deve lembrar-se que os preços da gasolina estão em alta e eles estão a fazer pouco para ajudar", escreveu Trump na sua conta pessoal no Twitter. "Se alguma coisa, eles estão a subir os preços, enquanto os Estados Unidos defendem muitos de seus membros por muito pouco dinheiro."

"Esta deve ser uma via de mão dupla ", escreveu ele, acrescentando em maiúsculas," REDUZIR OS PREÇOS AGORA! ".

A OPEP, juntamente com um grupo de produtores não-OPEP liderados pela Rússia, começou a reter a produção em 2017 para sustentar os preços.

Os recentes aumentos de preço também foram estimulados pelo anúncio dos EUA de que pretende reintroduzir sanções contra o Irão a partir de novembro, visando as exportações de petróleo.

"Um dos principais impulsionadores do aumento dos preços foi o acordo entre a OPEP ea Rússia para reduzir a produção de petróleo, agravado pelo colapso da produção venezuelana e pela decisão dos EUA de encerrar o acordo com o Irão", disse o National Australia Bank (NAB).

A OPEP e a Rússia anunciaram em junho que estavam dispostas a aumentar a produção para responder às preocupações de escassez de oferta emergente devido a interrupções não planejadas da Venezuela à Líbia, e provavelmente também para substituir uma potencial queda no fornecimento iraniano devido às sanções dos EUA.

Apesar dessas medidas para substituir o fornecimento interrompido, a Goldman Sachs (NYSE:GS) disse numa nota de 4 de julho aos clientes que "o mercado permanecerá deficitário" no segundo semestre do ano.

História integral em inglês: (Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)

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