Por Saikat Chatterjee
LONDRES, 5 Jun (Reuters) - O dólar se estabilizava nesta terça-feira pouco abaixo da máxima de seis meses atingida na semana passada, com os investidores aguardando dados que confirmem que a economia dos Estados Unidos está caminhando para um segundo trimestre forte, enquanto a alta na rentabilidade dos títulos também dava suporte à moeda norte-americana.
Os rendimentos dos Treasuries de curto prazo estão em alta de cerca de 20 pontos básicos em uma semana que levou os rendimentos dos títulos norte-americanos de dois anos US2YT=RR para 2,5 por cento e próximos da máxima de uma década de 2,59 por cento vista no mês passado.
Com as correlações entre os rendimentos dos Treasuries de curto prazo e o fortalecimento do dólar no nível mais forte desde janeiro de 2017, os investidores reagiram comprando a moeda norte-americana nos últimos dias, especialmente em relação ao euro e às moedas de mercados emergentes.
"O dólar está em alguns níveis importantes e sua força pode ser avaliada pelo fato de o euro ante a moeda norte-americana não ter ultrapassado a linha de 1,17 dólar, apesar das preocupações políticas na Itália", disse Kenneth Broux, estrategista do Société Générale (PA:SOGN).
Às 08:48 (horário de Brasília), o dólar avançava 0,1 por cento contra a cesta de moedas .DXY , a 94,110. A moeda chegou a 95,02 na semana passada, nível mais alto desde o início de novembro de 2017, e avançou mais de 5 por cento desde meados de abril.
O euro EUR= tinha queda de 0,2 por cento, a 1,1675 dólar. Desde que atingiu mínima de 10 meses de 1,1510 dólar há uma semana, o euro se recuperou um pouco, com os investidores aliviados com a formação de um governo de coalizão na Roma.
Dados fortes de emprego dos EUA divulgados na sexta-feira reavivaram as apostas de que o Federal Reserve aumentará a taxa de juros mais três vezes este ano. As expectativas do mercado são de mais dois aumentos até dezembro.
Uma leitura forte do ISM de serviços de maio selará as apostas de outra alta de juros pelo banco central norte-americano na próxima semana, e pode até levar o Fed a adotar um tom "hawkish".
(Por Saikat Chatterjee)