(Atualiza com dados oficias de fechamento e mais informações)
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO, 14 Mar (Reuters) - A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda nesta quinta-feira, um dia depois de renovar máximas históricas, com o cenário externo menos favorável a risco abrindo espaço para movimentos de realização de lucros.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa .BVSP caiu 0,3 por cento, a 98.604,67 pontos. O volume financeiro somou 12,4 bilhões de reais.
Na véspera, o Ibovespa tinha avançado 1,1 por cento, a 98.903,88 pontos, tendo alcançado 99.267,22 pontos na máxima da sessão, renovando tanto recorde para fechamento como intradia.
No exterior, dados fracos sobre a economia chinesa corroboraram receios sobre o ritmo do crescimento global, enquanto o parlamento britânico apoiou proposta do governo para buscar um adiamento da data do Brexit.
Wall Street fechou com pequenas variações, tendo no radar notícias de que uma reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, não acontecerá em março, como previsto.
Do cenário doméstico, foi dado o primeiro passo para a tramitação da reforma da Previdência, com a instalação da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, primeiro colegiado em que a proposta será avaliada.
Agentes de mercado, contudo, citaram que tal evento já estava no preço, embora corrobore perspectivas de avanço na pauta de reformas no país.
"Continuo vendo o cronograma da reforma da previdência como dentro do esperado. A situação me parece caminhar de forma fluida e positiva", afirmou o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, em nota a clientes.
O Ibovespa ficou a 1,4 por cento do ansiado patamar de 100 mil pontos, que estrategistas esperam ser ultrapassado em 2019 com o avanço na pauta econômica do novo governo. ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA caiu 1,58 por cento, maior peso negativo, quebrando uma sequência de seis altas, em que acumulou valorização de mais de 7 por cento. BRADESCO PN BBDC4.SA subiu 0,22 por cento, descolado do setor, enquanto o BANCO DO BRASIL BBAS3.SA cedeu 0,76 por cento e SANTANDER BRASIL SANB11.SA recuou 1,15 por cento.
- PETROBRAS PN PETR4.SA subiu 0,32 por cento, mas PETROBRAS ON PETR3.SA avançou 1,13 por cento, em sessão com desempenho misto dos contratos futuros de petróleo no exterior LCOc1 CLc1 , enquanto o HSBC (LON:HSBA) elevou a recomendação dos papéis para 'compra', com preço-alvo de 32 reais, citando aumento da lucratividade e catalisadores de curto prazo.
- GOL GOLL4.SA cedeu 2,3 por cento, com a valorização do dólar frente ao real abrindo espaço para correção nos papéis, que acumulavam em 2019 alta de mais de 9 por cento até a véspera. De pano de fundo, a rival AZUL AZUL4.SA divulgou balanço, com previsões consideradas positivas no mercado. A ação, que não está no Ibovespa, subiu 1,93 por cento. USIMINAS PNA USIM5.SA fechou em alta de 3,37 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo traz que a rival CSN CSNA3.SA pediu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a prorrogação do prazo para a venda de suas ações da Usiminas.
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(Edição de Gabriela Mello)