Arranca em Munique, na Alemanha, o julgamento de Rupert Stadler, antigo presidente executivo da Audi, subsidiária da Volkswagen, e no âmbito do escândalo conhecido por "Dieselgate", que remonta a 2015. Trata-se do primeiro gestor de uma construtora automóvel a ser levado à barra dos tribunais. Stadler, de 57 anos, está acusado de fraude, "emissão de certidões falsas" e "publicidade enganosa" devido à utilização de dispositivos que manipularam os dados relativos às emissões de CO2 em milhões de viaturas a gasóleo.
Julgados também, neste processo, são um ex-diretor da Audi e da Porsche, Wolfgang Hatz, e dois engenheiros da Audi. Uma condenação poderá ir até aos 10 anos de prisão. Espera-se que o julgamento se prolongue até dezembro de 2022.
A aguardar ainda a marcação do julgamento está o ex-patrão do grupo Volkswagen entre 2007 e 2015. O processo, que tem como réu Martin Winterkorn, deverá chegar aos tribunais no próximo ano. O antigo presidente executivo deste consórcio alemão, que conseguiu escapar à justiça dos EUA, será julgado por fraude comercial organizada.