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Por Daniel Alvarenga
LISBOA, 18 Mai (Reuters) - O lucro da Sonae YSO.LS caiu 72 pct para 8 milhões de euros (ME) nos primeiros três meses de 2017, penalizado pela comparação difícil com o período homólogo, quando obteve fortes ganhos 'one off' de 'sale&leaseback' de imóveis, mas bateu as expectativas, com as vendas e a margem a subirem.
A Sonae - detida em mais de 52 pct pela Efanor do magnata Belmiro de Azevedo - é dona da maior retalhista de Portugal, a Sonae MC, e tem ainda participações na telecom NOS NOS.LS , Sonae Capital SONAC.LS , Sonaecom SNC.LS e Sonae Sierra.
O volume de negócios consolidado cresceu 6 pct para 1.278 ME. A média de previsões dos analistas apontava para lucro de 4,3 ME e vendas de 1.259,7 ME. L8N1IA2OE
"O ano de 2017 começou bem para a Sonae. Num trimestre desafiante no comparativo com o período homólogo, crescemos em todos os negócios assegurando rentabilidade em linha com as nossas expectativas", disse ngelo Paupério, Co-CEO da Sonae.
"Continuamos com uma estrutura de capitais sólida, com dívida com maior maturidade e custos de financiamento mais baixos".
MARGEM EXPANDE
O 'underlying' EBITDA aumentou 12,7 pct para 49 ME, impulsionado pelo retalho e pela Sonae Financial Services. A importante métrica da margem de 'underlying EBITDA' expandiu 20 pontos base para 3,8 pct, apesar de ter contraído no segmento alimentar.
"A forte performance operacional dos negócios no primeiro trimestre de 2017, contribuiu positivamente para os indicadores de rentabilidade da Sonae", referiu a empresa, em comunicado.
"No entanto, durante o primeiro trimestre do ano passado, tinha sido registado um impacto positivo de 62 ME na rubrica de itens não recorrentes, beneficiando, sobretudo, dos ganhos de capital obtidos com as operações de 'sale&leaseback' concluídas pela Sonae RP (...), o que prejudica a comparabilidade".
Referiu que o resultado financeiro líquido da Sonae melhorou 6 ME devido à diminuição, em termos homólogos, do custo das linhas de crédito. O custo médio das linhas de crédito utilizadas situou-se em 1,3 pct, contra 2 pct há um ano.
O investimento realizado totalizou 54 ME. "O investimento foi canalizado para a abertura de novas unidades, lançamento de novos negócios e reforço da internacionalização e do serviço ao cliente", referiu a Sonae, acrescentando que 28 ME dos quais foram direccionados para o segmento alimentar.
A Sonae anunciou também que alterou o modelo de reporte de resultados, passando a dividir os negócios em: Sonae Retalho, Sonae Sierra (SA:SSBR3), NOS, Sonae IM e Sonae FS.
Adicionalmente, a MDS passou a ser consolidada através do método de equivalência patrimonial e foi incluída na Sonae FS. (Editado por Patrícia Vicente Rua)