LISBOA, 28 Jul (Reuters) - A produção das duas refinarias Petrogal, da Galp Energia GALP.LS , "diminuiu muitíssimo" durante a actual greve que termina na próxima segunda-feira, 31 de Julho, mas não parou, segundo o Sindicato Fiequimetal.
"Há serviços mínimos. Ainda assim, com esta greve dos trabalhadores, a produção diminuiu muitíssimo", disse à Reuters Manuel Bravo, Membro da Direcção da Federação intersindical Fiequimetal.
"A greve está a ter uma boa adesão. Na refinaria de Matosinhos estamos com 100 pct de adesão. Na refinaria de Sines temos 100 pct na principal fábrica, que é a fábrica 3. Na fábrica 2 e 1 estamos com um nível de 50 pct de adesão".
Uma porta-voz oficial disse que a Galp não comenta o assunto.
A 'oil&gas' detém duas refinarias em Portugal, uma em Matosinhos e outra em Sines, que têm uma capacidade conjunta de refinação de 330.000 barris de crude por dia.
Segundo o Sindicato, a Galp está a desrespeitar uma série de direitos sociais, incluindo a garantia de complementos de reforma.
"Queremos sobretudo que pare o ataque da administração da Petrogal aos direitos dos trabalhadores estabelecidos na contratação colectiva. O regime de turnos, o regime de saúde dos trabalhadores", disse Manuel Bravo, em declarações ao telefone.
"Só para ter noção do ataque está a ser desferido contra os direitos dos trabalhadores, a Petrogal pôs em causa inclusivamente os subsídios dos trabalhadores de infantário e apoio a filhos deficientes. Portanto, uma empresa com milhões de lucros, não precisa de nada disto".
A refinaria de Sines, a maior do país e uma das maiores da Península Ibérica, é responsável por 70 pct da capacidade de refinação em Portugal. Sines tem actualmente uma capacidade de destilação de aproximadamente 220.000 barris de crude por dia.
Até ao momento, o sindicato não obteve resposta da gestão sobre as suas reivindicações, indicou. (Por Daniel Alvarenga; Editado por Sérgio Gonçalves)