Abertura Europa: Mercados no verde após tom hawkish do Fed
Os principais índices europeus iniciaram a sessão com ganhos ligeiros – DAX (+0,54%), CAC (+0,74%) e IBEX (+0,05%) – não obstante o Fed indicar que poderá encetar o aumento de taxas a um ritmo mais rápido do que anteriormente esperado, projectando 3 aumentos em 2017 (vs. 2 aumentos anteriormente).
O cross EUR/USD reagiu negativamente a este tom mais hawkish Fed. O sector financeiro lidera os ganhos (+2,03%), sendo um dos principais beneficiados da normalização da política monetária nos Estados Unidos. O sector de utilities (-1,53%) lidera o sentimento negativo. Neste último, destaque para a queda da EDF (PA:EDF), que recua 12,27% após projectar uma queda no EBITDA em 2017 e indicar que levará a aprovação do board um aumento de capital de EUR 4 mil mn.
O sector de consumo discricionário segue com ganhos de 0,08% após ser divulgado que as vendas de automóveis na Europa aumentaram 5,6% em Novembro para os 1,19 mn de veículos. A Societe Generale (PA:SOGN) avança 2,85% em seguimento de um upgrade para ‘buy’.
O PSI-20 (-1,30%) abre a sessão de hoje no vermelho, pior que os seus congéneres europeus.
O grupo EDP (SA:ENBR3) é o que mais pesa no índice nacional, com a EDP (-2,70%) e a EDP Renováveis (LS:EDPR) (-2,76%) a serem penalizados sem notícias específicas que justifiquem as quedas. A Jerónimo Martins (LS:JMT) (-1,47%) também se encontra sob pressão, depois da imprensa nacional avançar que os trabalhadores do Pingo Doce pedem um aumento salarial de 40 euros e 25 dias úteis de férias. A Galp (LS:GALP) (-1,38%) também segue com perdas, apesar de ter sido noticiado que o projecto petrolífero no Alentejo, em consórcio com a Eni, poder avançar já em Maio de 2017.
Nota positiva para o sector da pasta de papel, que resiste à pressão generalizada, com a Navigator (-0,13%) e a Altri (LS:ALSS) (+0,05%) a serem das que menos caem.
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