A aceleração no ritmo de crescimento e a subida da inflação nos países desenvolvidos permanece o tema dominante no mercado de dívida soberana.
O ambiente de subida nas yields do Tesouro alemão continua a ter impacto nas yields portuguesas, provocando ao mesmo tempo um aumento do spread (confirmando a correlação com a evolução das taxas) e um aumento da inclinação na yield curve soberana do país. No momento em que escrevemos, a yield a 10 anos das obrigações do Tesouro português encontra-se novamente acima dos 4%, enquanto os 30 anos encontram-se junto dos 5%. A manutenção deste contexto de subida de yields na Europa e nos EUA continua a criar riscos para a dívida portuguesa.
A última semana ficou marcada pelo bloqueio do parlamento português à proposta do governo de reduzir a TSU incluída no acordo de concertação social para aumentar o salário mínimo. Este bloqueio poderá relembrar a fragilidade da atual coligação. De qualquer forma, a evolução do PS nas sondagens continua a reduzir os riscos de eleições antecipadas.
O destaque da próxima semana vai para a primeira reunião do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA de 2017 (31 janeiro/1 fevereiro). Sem conferência de imprensa por parte de Janet Yellen, a nossa atenção estará no comunicado divulgado e até que ponto eventuais alterações possam aumentar a probabilidade de termos uma subida de taxas nas reuniões de março ou junho.
Para mais detalhes ver, por favor, o PDF em anexo.