EURUSD: Violenta queda que quebrou tendência de seis meses poderá encontrar terreno de consolidação
Após um trimestre de lateralização e debilidade, o USD Index realizou um convicto breakout da sua tendência descendente que remonta a Janeiro de 2017. O reflexo no EURUSD foi a quebra indubitável da tendência ascendente dos últimos seis meses.
Em apenas 13 dias, a fulgurosa queda ficou marcada por uma subida das yields de dívida soberana norte-americana a 10 anos acima dos 3%, o apaziguamento das tensões comerciais com a China, o agendamento construtivo de uma reunião entre Trump e Kim Jong-Un, uma conferência do Banco Central Europeu com interpretação dovish por parte do mercado, a divulgação da variação anual do US Core PCE (métrica inflacionista de referência para a Fed) a atingir os 1,9%, o que equivale a máximos de Janeiro de 2017.
Referência técnica: Na última sexta-feira, um anúncio globalmente fraco dos indicadores-chave (NFP e crescimento dos salários por hora) de criação de empregos nos EUA e, hoje, uma produção industrial na Alemanha a superar as expectativas não contiveram as quedas. O EURUSD quebrou inúmeros suportes, praticamente sem descansar. Tendo chegado à decisiva zona em torno dos 1,1860, acreditamos numa possível consolidação, que poderá incorporar ume pequena reacção em alta, tendo como referência os 61,8% da retracção de Fibonacci e os 1,2043 – 1,2057.
Crude WTI: “A tendência é amiga do trader”, mas a decisão de Trump deverá gerar volatilidade
O crude tem encetado uma inquestionável subida desde Junho de 2017. Por um lado, sustentada por perspectivas de continuação da tendência ligeiramente crescente na procura, que, por sua vez, tem alicerce na actual conjuntura de crescimento global sincronizado. Por outro lado, por um bem-sucedido combate ao excesso de oferta, através do esforço conjunto da OPEP e Rússia, que terá eliminado, em média, 1,8 milhões de barris por dia.
A manutenção dos dois factores supra referidos aparenta permitir ao mercado capacidade para absorver o incremento de produção nos EUA, que deverá expandir a cerca de 10% até ao fim do ano 2018.
As tensões geopolíticas são preponderantes para as matérias-primas. Especificamente para o crude, a decisão de Trump em relação a uma possível saída do Acordo Nuclear assinado com o Irão, com a eventualidade de até voltar a impor sanções ao país será um factor determinante.
Referência técnica: Quebrando o canal ascendente, o crude ultrapassou ontem o nível-chave de 50% da retracção de Fibonacci, desenhada após a queda desde os máximos de Agosto 2013 aos mínimos de Fevereiro de 2016, e respeitou a resistência em torno dos USD 70,80. Acreditamos numa eventual consolidação nesta região antes de retomar a tendência altista.
SMI: Momento positivo no mercado bolsista tem potencial para beneficiar o índice accionista da Suíça
O índice accionista suíço (SMI) desvalorizou desde o início do ano cerca de 10,5% até aos mínimos atingidos, no entanto recupera já mais de 5%, ainda assim mantém-se bastante abaixo dos valores de abetura do ano contrastanto com a maioria das bolsas europeias que com um euro mais fraco têm tido uma performance bastante positiva.
O franco suíço tem seguido uma trajectória descendente beneficiando os activos cotados nesta divisa, assim sendo previligiam-se entradas longas visto ser o índice europeu que mais espaço apresenta para o sentido ascendente encontrando-se ainda a mais de 6% dos valores do início do ano.
Referência técnica: Após o preço atingir uma zona de suporte relevante assinalada a verde reagiu em alta, recuperando a tendência positiva de médio/longo prazo estanto já perto de cruzar no sentido ascendente a média móbel dos 100 dias.
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