USDNOK: Par poderá estar a formar padrão de inversão da tendência descendente
A Noruega tem-se evidenciado no contexto das economias escandinavas, sendo esperado um aumento de taxas de juro por parte do Norges Bank em Março. Recorde-se que, em Setembro de 2018, o banco central subiu as taxas de juro pela primeira vez desde 2011 (de 0,25% para 0,75%), uma vez que a inflação subjacente estaria a aproximar-se do nível-alvo de 2%.
Do ponto de vista macroeconómico, uma potencial valorização do petróleo seria benéfica para o NOK, dada a componente produtora e exportadora de petróleo da economia norueguesa. A Noruega é o maior exportador de petróleo da Europa ocidental e a economia mais rica do norte da Europa. Quanto ao dólar norte-americano, poderá continuar pressionado pela menor apetência da Reserva Federal para subir taxas de juro.
Referência técnica: O par negoceia numa zona crítica, apoiando-se actualmente na neckline de um padrão de ombro-cabeça-ombro. Caso se confirme a ruptura em baixo da neckline, podemos estar perante uma oportunidade no sentido descendente. O grande obstáculo a um posicionamento curto é a linha de tendência descendente que remonta a Abril de 2018. O indicador RSI apresenta igualmente uma tendência de queda, abaixo dos 50 pontos.
BRLUSD: Real brasileiro poderá romper resistência-chave e continuar a recuperar
O Brasil tem vivido um período de forte optimismo desde a vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais. Os brasileiros esperam um clima de maior segurança, menor corrupção e menor burocracia. A entrega da pasta da Economia a Paulo Guedes tem inspirado os investidores, que conduziram o índice accionista BOVESPA a máximos recorde. A reforma do pesado sistema de pensões e a privatização de dezenas de empresas estatais são os primeiros alvos de Paulo Guedes.
A envolvente global de recuperação dos activos de risco tem impulsionado os activos emergentes, incluindo o real brasileiro.
Referência técnica: O par negoceia numa zona crucial, apoiando-se actualmente na neckline de um padrão de ombro-cabeça-ombro invertido. Caso se confirme a ruptura em alta da neckline, podemos estar perante uma oportunidade no sentido altista. A sobrecompra revelada pelo estocástico lento deverá motivar alguma paciência na abertura da posição. Poderão ser aproveitadas correcções para iniciar uma posição.
DAX 30: Índice accionista beneficia de boa envolvente técnica e fundamental
Após quedas durante quase todo o ano de 2018, o índice accionista de referência para a Alemanha apresenta-se agora em recuperação e em ponto de compra potencialmente interessante.
A maioria dos riscos de 2018 que a Europa enfrentava, como o orçamento Italiano, o Brexit e até mesmo o impacto das tensões comerciais com os EUA já se encontram em presumivelmente em resolução. Apesar da queda na componente energética, a inflação total, na Zona Euro parece esta a estabilizar, sustentada pelo crescimento dos salários. O Banco Central Europeu também já exteriorizou que não tem pressa para aumentar as taxas de juro de referência. Estes desenvolvimentos recentes têm resultado em movimentos ascendentes expressivos nos mercados europeus. Perante estes argumentos, uma continuação da recuperação do mercado accionista global, com ênfase para o mercado europeu parece bastante plausível.
Referência técnica: Embora o DAX já tenha recuperado cerca de 8%, ainda se encontra praticamente a 20% dos máximos de 2018, pelo que existe espaço para o índice continuar a subir, o próprio RSI, ainda afastado de terreno de sobrecompra, sinaliza um movimento ascendente. A curto prazo, existe uma resistência forte em torno dos 11.637 pontos, criando um potencial de apreciação de aproximadamente 2,5% face aos níveis actuais.
CAC 40: Acalmia social com maior proximidade de Macron e euforia com PMI catapultam índice para plena resistência
Após mais de dois meses de elevada inquietação social, motivada pelas violentas manifestações do movimento gilets jaunes (coletes amarelos), o presidente Emmanuel Macron – defensor de ideias progressistas, reformistas, pró-europeias e com postura favorável ao tecido empresarial – parece estar a recuperar alguma popularidade junto do eleitorado francês, após ter realizado várias aparições públicas, onde dialogou aberta e longamente com cidadãos, respondendo às suas questões e admitindo falhas políticas que aumentaram a desigualdade em França. Macron tenta agora reiniciar o seu programa de transformação do país, lançando um “grand débat” nacional para tentar dá voz às preocupações de toda a população.
Este apaziguamento em França alimentou a outperformance do CAC 40 face aos restantes principais índices accionistas europeus durante as últimas duas semanas. Hoje, os indicadores PMI, composto e de serviços, superaram as estimativas na Zona Euro e em França, permitindo uma extensão de ganhos nas bolsas europeias. Contudo, nesta segunda geografia, ambos os PMI permaneceram em território de contracção (valores inferiores a 50).
Referência técnica: Perante sobrecompra técnica e euforia motivada por relativamente boas notícias numa conjuntura crescentemente sombria, o CAC 40 testa agora uma zona onde confluem importantes resistências. Caso o índice não seja capaz de quebrar consistentemente estes níveis (fecho diário superior), identificamos uma relação risco-retorno interessante para posições curtas, com um primeiro suporte nos 38,2% de Fibonacci.
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