O Banco de Portugal publicou hoje o Estudo da Central de Balanços | 27, com informação sobre a situação económica e financeira das empresas da indústria das bebidas entre 2011 e 2016.
Os resultados, apurados essencialmente com base na informação da Central de Balanços do Banco de Portugal, são apresentados por referência às classes de dimensão – microempresas, pequenas e médias empresas (PME) e grandes empresas – e aos segmentos de atividade económica (“vinho”, “cerveja” e “refrigerantes e águas”) e comparados com os resultados do total das empresas e com as indústrias transformadoras. São ainda complementados com detalhe sobre os empréstimos bancá- rios obtidos por estas empresas junto do sistema financeiro residente em Portugal.
Estrutura e dinâmica
Setor tinha cerca de mil empresas, sobretudo microempresas; 88 por cento pertenciam ao segmento do vinho e 17 por cento integravam o setor exportador
Em 2015, a indústria das bebidas compreendia cerca de mil empresas, ou seja, 0,3 por cento do total das empresas em Portugal, representativas de 1 por cento do volume de negócios e de 0,5 por cento do número de pessoas ao serviço.
O vinho agregava a maior parcela de empresas (88 por cento), do volume de negócios (52 por cento) e do número de pessoas ao serviço (64 por cento) neste setor. A cerveja e os refrigerantes e águas representavam, respetivamente, 25 e 23 por cento do volume de negócios e 14 e 21 por cento do número de pessoas ao serviço (Gráfico 1).
O setor era maioritariamente constituído por microempresas (75 por cento). Porém, as grandes empresas dominavam no volume de negócios (50 por cento), enquanto as PME agregavam a maior parcela do número de pessoas ao serviço (54 por cento).
Em termos médios, em 2015, as empresas da indústria das bebidas geraram quatro vezes mais volume de negócios e tinham duas vezes mais pessoas ao serviço do que a empresa média em Portugal.
O setor exportador englobava, no mesmo ano, 17 por cento das empresas da indústria das bebidas, uma proporção superior à observada para o total das empresas (6 por cento). O setor exportador era responsável por 64 por cento do volume de negócios do setor e 53 por cento do número de pessoas ao serviço (Gráfico 2).