A última semana ficou marcada pelo regresso de Portugal ao mercado de dívida de médio e longo prazo através de uma emissão sindicada de 3 mil milhões de euros do novo benchmark a 10 anos, com uma yield média de 4,227%. Depois da nova oferta ter sido absorvida, assistiu-se a uma redução na yield da anterior emissão a 10 anos (julho 2026), em consequência do movimento de subida observado nas semanas anteriores em antecipação à esperada venda da nova emissão por parte da república portuguesa, assim como após um significativo aumento da inclinação da curva soberana portuguesa entre os 5 e os 10 anos.
A atenção na próxima semana estará concentrada na possibilidade de a Moody's (Ba1 com perspetivas estáveis) pronunciar-se sobre o rating atribuído à dívida pública portuguesa no dia 13 de janeiro e na primeira reunião do Banco Central Europeu em 2017 (decisão no dia 19 de janeiro).
Relativamente à Moody's, não é esperada qualquer alteração, tendo em conta os desenvolvimentos domésticos favoráveis em termos económicos e de execução orçamental, assim como à estabilização da situação política nacional.
A atenção estará nas preocupações que a Moody's deverá realçar no que se refere ao ambiente de fraco crescimento económico, elevada dívida pública e problemas no setor financeiro. No que se refere ao Banco Central Europeu, a reunião de março será provavelmente mais importante em termos de política de comunicação do Banco, principalmente se continuarmos a ter uma evolução positiva da economia na região, com sinais de recuperação na inflação.
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