A última semana foi de significativa subida nas yields ao longo de toda a curva soberana Portuguesa, com o correspondente impacto negativo nos emitentes de crédito que acompanhamos numa base semanal. Isto, não obstante a surpresa positiva que representou a leitura rápida do INE para o PIB do 3º trimestre de 2016 e a decisão da Comissão Europeia de não solicitar ao governo Português qualquer alteração à proposta do Orçamento de Estado para 2017. Adicionalmente, a semana marcou um novo aumento dos spreads face à Alemanha, Espanha e Itália.
O resultado das eleições nos EUA veio intensificar o movimento de subida nas yields a nível global, ao colocar no centro das atenções uma política orçamental mais expansionista. Não é apenas a expectativa perante o que poderá ser implementado por Donald Trump, mas também a proposta desta semana da Comissão Europeia para um esforço orçamental coordenado de expansão na região e a expectativa de ajustes também nesta área pelo Reino Unido na próxima quarta-feira.
O mercado continua rapidamente a incorporar os riscos relacionados com o referendo constitucional em Itália marcado para 4 de dezembro (com efeito contágio para a dívida Portuguesa). O movimento nas yields soberanas para além de rápido tem sido significativo. Contudo, o posicionamento e o sentimento dos investidores permanecem riscos para as próximas semanas...
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