Estados-Unidos
Já reportaram contas trimestrais 91% das empresas que compõem o S&P500, tendo estas registado vendas ligeiramente acima do esperado pelos analistas (+1,2%), e um crescimento de 7,6% em termos homólogos. Por sua vez, os resultados saíram 4,4% acima do esperado e subiram 14,4%, em termos homólogos.
O S&P500 transacciona com um PE de 17,6x os resultados estimados para 2018. Em relação a 2019, este índice transacciona com um PE estimado de 16,0x.
Os resultados por acção (EPS) das empresas do S&P500 são esperados crescer 26,1% em 2018.
Europa
Na Europa, já anunciaram resultados 69% das empresas que compõem o índice Stoxx600. Os resultados das empresas deste índice ficaram 6,3% acima das estimativas dos analistas, tendo registado uma subida de 34,5% face ao mesmo período de 2016. As vendas subiram cerca de 6,1% em termos homólogos ficando 3,1% acima do esperado.
O Stoxx600 transacciona com um PE estimado de 14,8x para 2018, e 13,6x para 2019.
Na Europa, os EPS do Stoxx600 deverão crescer cerca de 14,0% em 2018.
Conclusão
No quarto trimestre de 2017, as vendas e os resultados das empresas europeias cresceram 6,1% e 34,5% em termos homólogos, respectivamente. As previsões dos earnings per share (EPS) para os próximos trimestres continuam a mostrar uma subida dos mesmos, reflectindo a expectativa do bom momento da economia europeia. Na base deste optimismo está a manutenção de baixas taxas de juro e a estabilização do preço do barril de petróleo.
Por sua vez, os EPS do S&P500 deverão crescer 26,1% em 2018 e 8,4% em 2019. Esta revisão positiva dos EPS por parte dos analistas tem em conta o novo plano fiscal, mas também o aumento do investimento público por parte da Administração Trump. Contudo, caso este cenário de aumento de investimento público aliado a uma menor carga fiscal não se venha a verificar poder-se-á assistir a uma revisão em baixa dos EPS e consequentemente do mercado accionista.
Numa perspectiva sectorial, os sectores das Telecomunicações e Financeiro mantêm-se como aqueles que transaccionam com as avaliações mais baixas nos EUA. No outro extremo encontra-se o sector do Consumo Discricionário com as avaliações mais elevadas, que continua a ter uma expansão de múltiplos devido ao esperado aumento do rendimento disponível por parte da população americana.
No que toca aos sectores europeus, os sectores Automóvel, Segurador e Bancário surgem como os mais atractivos, enquanto o sector Imobiliário destaca-se pela negativa como sendo aquele com as maiores avaliações.