A última semana ficou marcada pela subida das yields do Tesouro dos EUA, com os 10 anos a regressarem ao máximo de final de 2016, num movimento explicado pelo enquadramento macro, pelo discurso de Janet Yellen que "confirmou" a subida da fed funds rate na reunião de 14 e 15 de março e pelas emissões realizadas nas maturidades 10 e 30 anos durante a semana.
A maior parte da curva portuguesa registou uma descida de yields desde o nosso último comentário, com compressão de spreads refletindo a estabilização do sentimento em termos de riscos políticos na região e a manutenção de um ambiente favorável para os ativos de risco. Não colocamos de parte a continuação deste ambiente, embora o movimento de subida das yields nos EUA/Alemanha permaneça um risco relevante. Após as emissões desta semana com maturidades junho 2020 e julho 2026, Portugal garantiu já cerca de 36% das necessidades previstas de financiamento para 2017, via emissão bruta de OT.
A comunicação do Banco Central Europeu após o final da reunião de março continuou a apontar para a necessidade de manter uma política monetária bastante expansionista. De qualquer forma, o reconhecimento de menores riscos negativos significa provavelmente que a manutenção do atual enquadramento macro positivo deverá permanecer uma fonte de pressão sobre os mercados de dívida soberana na Zona Euro...
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