O início da semana acabou por ser marcado pelo suporte oferecido ao mercado EGB em geral e às PGBs em particular por uma redução do risco político associado às eleições francesas, na sequência da divulgação de algumas sondagens que mostraram uma aproximação na 1ª volta nas intenções de voto de Emmanual Macron a Marine Le Pen, continuando Marine Le Pen a perder numa 2ª volta tanto para o candidato "centrista" como para o candidato de centro-direita François Fillon. Desta forma, estas sondagens mais recentes justificam manter como cenário central a incapacidade de Marine Le Pen para vencer as eleições de 23 abril / 7 maio.
Contudo, no momento em que escrevemos, a curva portuguesa encontra-se novamente pressionada por uma subida generalizada das yields na Zona Euro e nos EUA, após comentários por parte de alguns membros do Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA levarem o mercado a incorporar uma subida de taxas na reunião de 14 e 15 de março. A ser confirmada uma subida de taxas, isso significaria 2 subidas de taxas em 3 meses, o que repesenta o número de subidas que foram também observadas nos últimos 2 anos. Isto vai de encontro a um tema que temos mencionado nos nossos comentários semanais. Ou seja, o obstáculo que representa para os mercados EGB um contexto de expectativas de mais forte crescimento económico e pressões inflacionistas, também na Zona Euro, como foi visível ontem com a deslocação da taxa anual do IHPC para 2%, o valor mais elevado desde janeiro de 2013.
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