Pontos em Destaque:
- A incerteza política permanece elevada em Itália. 5 Stelle e Lega são partidos bem diferentes, tendo por interesse comum essencialmente uma política orçamental mais expansionista. De qualquer forma, e apesar de não ser fácil uma rápida resolução deste tema, o reconhecimento pelo mercado de menores riscos de saída da Zona Euro poderia ser suficiente (pelo menos no curto prazo) para uma redução das yields e spreads de Itália. Uma postura de confronto face a Bruxelas (num contexto de moderado crescimento económico e elevada taxa de desemprego) merece ainda provavelmente uma base de suporte, por parte da população italiana, bem diferente se comparada com a hipótese de uma saída da Zona Euro. De qualquer forma, a política orçamental do próximo governo de Itália permanecerá uma fonte de volatilidade para os próximos meses;
- Observando o recente comportamento dos ativos de risco portugueses, o efeito contágio na curva do Tesouro de Portugal e a ligação novamente observada entre setor bancário e soberano relembram que, não obstante a ação do Banco Central Europeu e os resultados alcançados pelo país em termos orçamentais e do saldo da Balança de Transações Correntes, medidas adicionais a nível político continuam a ser necessárias para reforçar a integração na região. A esse propósito, o facto de os principais partidos políticos italianos continuarem a não apresentar propostas para lidar com os problemas estruturais do país representa um motivo de preocupação...
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