COMENTÁRIO SEMANAL
A análise do primeiro quadro na página seguinte revela que a última semana foi de descida para as yields ao longo da curva soberana Portuguesa. Contudo, a reação às decisões do Banco Central Europeu na reunião de 8 de dezembro foi negativa para a periferia, em particular para Portugal e para a parte intermédia / longa da curva. Poder-se-á também referir que a decisão da Moody's de colocar o Outlook em Negativo para o rating Baa2 atribuído à Itália também não ajudou ao sentimento.
O anúncio em como o Banco Central Europeu irá continuar a comprar ativos ao abrigo do seu programa APP para além de março de 2017 era esperado. A redução no ritmo mensal de compras de 80 para 60 mil milhões de euros representou alguma desilusão, mas a notícia de uma extensão por 9 meses (isto é, até ao final de 2017) e os comentários dovish de Mario Draghi na conferência de imprensa acabaram, de certa forma, por servir de compensação. No programa PSPP, uma referência para a decisão de passar a comprar obrigações com maturidade de 1 ano e com yields abaixo da taxa de depósito (-0,40%), o que representou suporte ao aumento na inclinação das yield curves na região.
De qualquer forma, esta reunião do Banco Central Europeu acaba por suportar alguns temas que têm marcado esta final de ano, redução da importância da política monetária e ambiente de yields mais elevadas a nível global, tendo em conta o enquadramento de mais elevadas expectativas de inflação.
Para mais detalhes ver, por favor, o PDF em anexo.