Para o ano de 2016 como um todo, a economia registou um crescimento de 1,4% (vs. a previsão de 1,2% contida no Orçamento de Estado para 2017), um abrandamento de 0,2 pontos percentuais face a 2015, traduzindo um menor contributo positivo da procura interna (via menos consumo privado e principalmente menos investimento), e um contributo menos negativo da procura externa líquida. O detalhe total por componentes será divulgado pelo INE no dia 1 de março.
Tendo em conta a evolução mais fraca da economia na primeira metade de 2016, os comparáveis deverão permanecer favoráveis nos 2 próximos trimestres no que se refere ao ritmo anual de crescimento da economia portuguesa, suportando a recuperação cíclica.
Esta evolução positiva da economia portuguesa representa também boas notícias no que se refere à execução orçamental e dívida pública. A atenção dos mercados financeiros nos próximos meses deverá permanecer nas medidas para lidar com o crédito vencido no setor bancário nacional, assim como na capacidade de o atual governo para criar um enquadramento capaz de aumentar o ritmo potencial da economia portuguesa.
Em suma, o 4º trimestre de 2016 deu continuidade aos sinais positivos do trimestre anterior, com Portugal a apresentar um ritmo de crescimento acima da região da Zona Euro.
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