Algumas áreas da curva soberana portuguesa encontram-se já dentro da curva italiana. Após a S&P, Fitch (provavelmente no dia 15 de dezembro) e Moody's deverão colocar o rating de Portugal em BBB-, ainda um notch abaixo de Itália. É verdade que as eleições em Itália permanecem um fator de incerteza. Provavelmente mais relevante será a redução na liquidez provocada pelo programa QE do Banco Central Europeu, num ambiente de baixas taxas de juro e "procura de yield", num momento em que uma revisão em alta por parte da Fitch permitiria a entrada da dívida do país em alguns índices investment grade.
O calendário da próxima semana será marcado pela divulgação dos índices PMI/ISM para novembro, assim como pelo relatório de emprego para o mesmo mês nos EUA. Importante para os Treasuries poderá continuar a ser a evolução do plano fiscal nos EUA, o que, em conjunto com a manutenção de um ambiente de sólido crescimento económico, poderá justificar yields a 10 anos mais elevadas ao longo dos próximos dias. A confirmar-se poderia também representar um fator de pressão na yield a 10 anos do Bund alemão...
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