A semana voltou a ser de queda nas yields ao longo da curva soberana portuguesa, beneficiando de um ambiente caracterizado pelo suporte fornecido pela postura cautelosa demonstrada pelo Banco Central Europeu e pelo Comité de Política Monetária da Reserva Federal dos EUA.
Os comentários de Mario Draghi no evento ECB Watchers que ontem decorreu em Frankfurt ilustram bem este tema. O presidente da autoridade monetária da área do euro referiu que (1) não vê motivos para haver desvios face às indicações fornecidas na declaração inicial das conferências de imprensa após o final das reuniões de política monetária e (2) uma reavaliação da política monetária não é necessária no atual momento. Este contexto poderá ser colocado em causa se os dados económicos surpreenderem pela positiva, o que colocará a nossa atenção no relatório de emprego de março nos EUA que hoje será divulgado.
Na área do crédito, o período desde o nosso último comentário foi também positivo para a maior parte das emissões/emitentes que acompanhamos numa base semanal, beneficiando do comportamento do soberano e do mercado de ações nacional. A yield to call da recente emissão AT1 da Caixa Geral de Depósitos (com o rating confirmado em B- por parte da Fitch) registou, contudo, uma subida significativa. Da venda do Novo Banco resultou um período de pressão sobre a dívida sénior do banco, após ter sido anunciado um exercício de gestão de passivos de modo a gerar pelo menos 500 milhões de euros de fundos próprios elegíveis para o rácio CET1. Os detalhes relativos à operação continuam por ser conhecidos...
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